Do "inverno penoso" à "esperança da primavera" que 12ª Emergência trará

Eduardo Cabrita encerrou o debate sobre a renovação do Estado de Emergência no país no âmbito do combate à Covid-19. No final da semana, "país terá mais vacinas administradas do que portugueses infetados" com o novo coronavírus, avançou o ministro.

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Melissa Lopes
25/02/2021 16:41 ‧ 25/02/2021 por Melissa Lopes

Política

Pandemia

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, considerou, no encerramento do debate da renovação do Estado de Emergência, que a última quinzena de janeiro "foi o momento mais dramático" do combate à pandemia desde há um ano, mas que os próximos 15 dias são de esperança.

O combate à Covid-19, que em toda a Europa já fez mais de 500 mil vítimas mortais, "a todos nos deve unir naquilo que é um desafio coletivo de resiliência, de afirmação de solidariedade com as mais frágeis, de mobilização em torno dos desafios do SNS para que coletivamente encontremos o caminho para, em democracia, vencer a pandemia", disse, defendendo que os resultados obtidos no abrandamento da epidemia no país justificam as medidas restritivas tomadas.

Nesse ponto, Eduardo Cabrita sublinhou que "hoje somos confrontados com resultados que demonstram a justificação plena daquilo que é o esforço de toda a sociedade portuguesa ao longo das últimas semanas", traçando de seguida um retrato dos dois primeiros meses do ano.

"Passámos de um terrível mês de janeiro, em que em 18 dias ultrapassámos os 10 mil casos, para o mês de fevereiro em que esse limite jamais foi superado e em que hoje estamos com valores significativamente mais baixos. Passámos de um momento em que registámos 84 mil casos semanais, na pior das semanas de janeiro, para 11 mil casos a semana passada", assinalou.

Eduardo Cabrita prosseguiu argumentando que a melhoria na situação epidemiológica (redução de novas infeções, redução de internados e redução de casos ativos) "prova a adequação plena de medidas particularmente exigentes e difíceis para todos", reconhecendo que estastêm "custos excessivos e tremendos para os mais frágeis", o que justifica os apoios ao emprego decididos.

O ministro disse também que, independentemente do "conhecimento que não temos" e da "ânsia de sabermos mais sobre a resposta a uma pandemia", é pela redução de contágios que se consegue infletir a tendência da pandemia. "E foi esta redução de contágios que nos trouxe desses dias pesados de janeiro à esperança da primavera que se aproxima", afirmou.

Eduardo Cabrita destacou, por fim, o "sinal da esperança da vacinação" que vai conquistando o seu caminho, realçando o meio milhão de portugueses que já receberam, pelo menos, a primeira dose vacina, um marco atingido precisamente esta quinta-feira.

Na sua intervenção, o governante adiantou que, no final desta semana, o país terá mais vacinas administradas do que portugueses infetados.

"É assim que, com determinação, sentido de resiliência, com sentido de mobilização de todos, temos de aumentar o espaço de resposta das estruturas de saúde. Temos de aumentar o espaço que permita o regresso à escola, que permita a recuperação das atividades económicas (...)", sinalizou Eduardo Cabrita, terminando com uma mensagem de que melhores dias virão com a mudança de estação:

"Temos, da forma como respondemos eficazmente a este pesado inverno, criar a esperança da primavera que vem aí".

Após a intervenção do ministro da Administração Interna, o Parlamento aprovou o 12.º Estado de Emergência, que vigorará até 16 de março.

Leia Também: AO MINUTO: "Larga maioria" aprova Emergência; 'Fora' de risco elevado

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