Desconfinar? "Além do plano, é necessário que execução esteja à altura"

Pedro Filipe Soares reagiu ao plano de desconfinamento ontem apresentado por António Costa. "O Governo tem de ser mais rápido a agir em resposta às necessidades sociais e económicas do país", apontou o líder parlamentar do BE.

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© Notícias ao Minuto/Anabela Dantas

Notícias ao Minuto
12/03/2021 10:46 ‧ 12/03/2021 por Notícias ao Minuto

Política

Pedro Filipe Soares

Depois de ontem o primeiro-ministro ter apresentado o plano de desconfinamento que Portugal vai seguir no âmbito da pandemia da Covid-19, o Bloco de Esquerda reagiu, esta sexta-feira, pela voz de Pedro Filipe Soares: "O BE tinha defendido que o desconfinamento devia enquadrar, em primeiro lugar, a resposta às crianças e à abertura das escolas", começou por apontar, acrescentando que "é necessário que, para lá do plano, a execução esteja à altura das necessidades do país".

O líder parlamentar dos bloquistas destacou ainda que "testar em massa não pode apenas ser um objetivo que fique no papel, porque desde janeiro que o Governo diz que o quer fazer, mas ainda não o fez".

Também rastrear com recursos suficientes "não pode ficar no papel", asseverou, frisando que "já há vários meses que o Governo diz que pretende ter uma capacidade de rastreio alargada, mas esse rastreio não tem acompanhado a situação" e, "aparentemente, o investimento necessário ainda não foi devidamente cumprido".

Para o Bloco de Esquerda, "desconfinar com segurança implica então testar e rastrear nas necessidades". Por outro lado, Pedro Filipe Soares indicou ainda que é "importante" que a vacinação seja "acelerada". 

"Portugal estando, neste momento, à frente do Conselho Europeu, pode e deve ter um papel liderante na forma como a União Europeia lida com as farmacêuticas", advogou.

No desconfinamento, terminou o líder parlamentar, "o Governo tem de ser mais rápido a agir em resposta às necessidades sociais e económicas do país", uma vez que "há apoios que desde janeiro foram anunciados e não saíram do papel".

De recordar que António Costa apresentou, esta quinta-feira, o plano de desconfinamento "muito conservador" que os portugueses vão seguir para a reabertura das atividades no âmbito da pandemia da Covid-19. Há uma calendarização com quatro datas a reter - 15 de março, 5 de abril, 19 de abril, e 3 de maio.

Nestas datas, e a "conta-gotas", tal como referiu por diversas vezes o primeiro-ministro, vão abrindo vários setores, incluindo escolas. Até à Páscoa, mantém-se o dever geral de confinamento como tem vigorado

Tudo sobre como desconfinar. Datas e medidas do plano a "conta-gotas"

[Notícia atualizada às 11h00]

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