De acordo com a mesma fonte, o nome de Beatriz Gomes Dias para encabeçar a candidatura bloquista à autarquia da capital teve luz verde desta estrutura, sendo agora sujeita a votação por todos os aderentes bloquistas de Lisboa em assembleia concelhia.
Esta votação, que será por voto secreto, decorre nos próximos dois dias, um formato adaptado devido à pandemia, seguindo-se a ratificação pela coordenadora distrital de Lisboa.
Beatriz Gomes Dias foi eleita deputada à Assembleia da República pelo círculo de Lisboa nas últimas eleições legislativas, em 2019, ocupando então o número três na lista dos bloquistas.
Nas últimas eleições autárquicas, em 2017, o BE conseguiu eleger Ricardo Robles como vereador, que saiu do cargo em 2018 na sequência da polémica que envolveu a venda de um imóvel, tendo sido substituído por Manuel Grilo.
Nascida no Senegal em 1971, Beatriz Gomes Dias tem origem guineense e vive em Lisboa desde os quatro anos, cidade na qual já foi autarca quer como deputada municipal quer como eleita nas juntas de freguesia de Anjos e de Arroios.
Foi na Universidade de Coimbra que se licenciou em biologia, sendo professora do ensino básico e secundário.
Com um percurso ativista, foi fundadora da Djass -- Associação de Afrodescendentes.
Nas últimas autárquicas, os bloquistas tiveram um aumento expressivo de votos, conseguiram recuperar o vereador em Lisboa e eleger mandatos para autarquias inéditas, mas falharam a conquista de uma câmara, objetivo que havia sido traçado por Catarina Martins, ficando-se pelos 3,29% dos votos na contagem para as câmaras municipais.
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