Atraso no plano "não se deve somente à demora na entrega das vacinas"

Vital Moreira mostra-se crítico em relação à forma como o Governo está a gerir o plano de vacinação contra a Covid-19 no país. Por um lado, há os "oportunistas avulso", por outro, a inclusão de novas categorias profissionais na fase dos prioritários. No caso dos professores, "não se sabe com que critério, salvo o peso político e sindical", aponta.

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Notícias ao Minuto
24/03/2021 09:07 ‧ 24/03/2021 por Notícias ao Minuto

Política

Vacinação

O constitucionalista Vital Moreira critica, num artigo publicado no blogue Causa Nossa, a forma como está a decorrer o plano de vacinação contra a Covid-19 no país, afirmando que o atraso no cumprimento do plano inicial não se deve apenas à demora na entrega das vacinas. 

O ex-eurodeputado do PS sublinha que as mudanças que foram introduzidas no plano de vacinação desde que o processo arrancou não foram atualizadas no site do Serviço Nacional de Saúde.

"Tanto quanto é dado saber, em relação ao segundo grupo de prioridades da  Fase 1, os maiores de 80 anos estão  vacinados em cerca de metade e nos maiores de 50 anos com 'comorbilidades', a percentagem é muito menor. Entretanto, os prioritários da Fase 2 não se sabe quando chega a sua vez", aponta, concluindo que "este atraso não se deve somente à demora na entrega das vacinas". 

Vital Moreira frisa que "para além dos oportunistas avulso que os média denunciaram, conseguiram entrar à frente daquelas prioridades os bombeiros, os órgãos de soberania (incluindo os juízes e o Ministério Público, que não é órgão de soberania...) e os professores, não se sabe com que critério, salvo o peso político e sindical".

"Em consequência destes muitos milhares de arrivistas", lamenta o constitucionalista, "os antigos prioritários do segundo grupo da Fase 1 são atrasados e os dos da Fase 2 bem podem esperar". 

Vital Moreira critica ainda o facto de o Governo não se ter "dado ao trabalho  de justificar publicamente a introdução desses grupos nem de atualizar os critérios no site oficial do SNS", o que, no seu entender, alimenta a confusão. "À portuguesa", remata. 

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