"Há muitos concelhos do nosso distrito que precisam de mudar de rumo, alguns dos quais são bastiões há muitos anos do Partido Socialista, alguns até nunca viram outra governação que não a do Partido Socialista e nota-se que, em termos comparativos e até competitivos com outros concelhos ao lado, esses concelhos estão a ficar para trás", afirmou o presidente da Distrital do PSD do Porto, Alberto Machado, em declarações aos jornalistas.
As duas distritais consideram que, com a assinatura deste acordo de princípio, está aberta a porta aos entendimentos ao nível concelhio, por forma a corporizar projetos políticos alternativos e aumentar a implantação territorial dos dois partidos.
"É vontade das duas distritais que [as coligações] possam acontecer ainda em mais concelhos do que há quatro anos [quando os dois partidos se apresentaram coligados em 11 de 18 concelhos]. Há uma boa tradição de acordo entre as duas estruturas e queremos dar-lhe continuidade", disse.
Este acordo estabelece que os projetos políticos corporizados pelas coligações, terão de obedecer à matriz ideológica de ambos os partidos, aos valores socioculturais das populações, devendo centrar a sua ação em propostas geradoras de valorização e coesão territorial, ambiente, política fiscal, mobilidade e transportes.
As coligações que venham a ser estabelecidas devem ter em consideração a dimensão supramunicipal, assumindo uma postura que permita o entendimento em matérias e decisões no âmbito da Área Metropolitana do Porto (AMP) e da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa.
Deverão ainda promover a inclusão independentes, vincando a abertura de ambos os partidos à sociedade civil e à participação cívica dos cidadãos.
Para o presidente da Distrital do Porto do CDS-PP, Fernando Barbosa, esta é também uma oportunidade de iniciar um novo ciclo, renovando os protagonistas e transmitindo uma mensagem de esperança, num distrito que "merece mais e seguramente melhor".
"O distrito do Porto tem de estar acima a qualquer interesse para construir, para humanizar, para rumar a um futuro mais risonho e mais próspero. Esta junção de esforços tem tudo para ter sucesso", defendeu, acrescentando que objetivo principal é aumentar a implantação territorial e enfraquecer a hegemonia que o PS tem no poder local.
De acordo com Fernando Barbosa, a governação socialista no distrito do Porto traduz-se "numa corrente" de ligação ao passado, que preciso romper.
"Juntos vamos ganhar autarquias à esquerda, esquerda que atrasa o país e principalmente o distrito do Porto. Há que virar a página e seguir outro rumo", rematou.