Jorge Coelho, um dos que melhor exprimiu "a alma socialista", diz Costa
Histórico socialista morreu esta quarta-feira, dia 7 de abril, vítima de um ataque cardíaco. O secretário-geral do PS, e atual primeiro-ministro, destaca que Jorge Coelho foi "sempre" um fator de unidade no PS e poucos como ele exprimiram "tão bem a alma" dos socialistas.
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País Jorge Coelho
Na sede do PS, no Largo do Rato, em Lisboa, o secretário-geral António Costa lamentou, esta quarta-feira, a inesperada morte do antigo ministro e ex-dirigente socialista, Jorge Coelho.
"Estamos todos naturalmente em choque com o falecimento surpreendente do Dr. Jorge Coelho", começou por afirmar António Costa, visivelmente emocionado.
Endereçando, de seguida, as "profundas condolências" à família do antigo político em seu nome e de todos os socialistas, o chefe do Governo sublinhou que "os portugueses recordarão Jorge Coelho como um cidadão dedicado ao seu país".
"Serviu com grande dignidade o Governo da República, que deixou há cerca de 20 anos, num momento trágico [queda da ponte Entre-os-Rios], que decidiu assumir pessoalmente a responsabilidade política por uma tragédia imensa", recordou.
Mas, igualmente importante, sublinhou António Costa, Jorge Coelho "continuou a procurar servir o seu país, trabalhando no mundo empresarial e também investindo na sua terra, Mangualde, onde lançou uma queijaria, promovendo um dos produtos mais importantes da região que é o Queijo da Serra".
"Para todos nós socialistas é um momento, particularmente, doloroso, porque o Jorge Coelho não era só um camarada era um amigo de todos nós e um amigo de todas as gerações do PS" (António Costa)
Mais, para o primeiro-ministro, "poucos foram aqueles que conseguiram exprimir tão bem a alma dos socialistas: Dar a energia, a força, ter a capacidade de ação nos momentos mais difíceis que vivemos, mas também dar uma palavra de serenidade e de bom-senso nos momentos de maior exaltação".
Ainda segundo António Costa, Jorge Coelho foi "sempre um fator de unidade" dentro do partido, dotado de uma "intuição extraordinária" sobre "aquilo que era o sentido do cidadão comum" e de uma capacidade de "dar expressão à alma do povo socialista".
"Jorge Coelho era um dos mais queridos de todos nós"
"Um amigo e um camarada que todos perdemos e que iremos, seguramente, chorar", finalizou, o primeiro-ministro, garantindo que, após esta fase da pandemia, será encontrada uma forma de lhe prestar a devida homenagem.
Reveja aqui a declaração feita por António Costa:
O antigo dirigente socialista perdeu a vida, esta quarta-feira, aos 66 anos, devido a um ataque cardíaco fulminante
Jorge Coelho foi ministro Adjunto, ministro da Administração Interna, ministro da Presidência e do Equipamento Social nos dois Governos de António Guterres, entre 1995 e 2002. Abandonou a política em 2006 para se dedicar à atividade profissional na gestão de empresas.
Mais recentemente, substituiu António Costa no programa 'Quadratura do Círculo' (atual 'Circulatura do Quadrado'), tendo em agosto do ano passado passado o testemunho a Ana Catarina Mendes, alegando questões pessoais.
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