O funeral de Jorge Coelho realiza-se este sábado, com missa de corpo presente na Basílica da Estrela, em Lisboa, seguindo depois o cortejo fúnebre para Santiago de Cassurrães, em Mangualde, de onde o antigo dirigente e ministro socialista era natural.
No velório, que decorreu entre a noite desta sexta-feira e a madrugada de hoje, estiveram presentes as três mais altas figuras do Estado, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o Primeiro-Ministro, António Costa, e o Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.
Na chegada às cerimónias fúnebres, António Costa disse que aos jornalistas que estes "têm sido dias muito dolorosos" mas que, ao mesmo tempo, "é bonito ver como Jorge Coelho desenvolveu tanto reconhecimento a todos os níveis".
"Por onde ele [Jorge Coelho] passava, tinha capacidade de gerar empatia, amizade", salientou ainda o primeiro-ministro.
Além de António Costa, Ferro Rodrigues e Marcelo Rebelo de Sousa, foram muitos os políticos (e não são) que fizeram questão em marcar presença nas cerimónias.
Jorge Coelho, que atualmente se dedicava à atividade empresarial e que estava há vários anos afastado da vida política ativa, morreu na quarta-feira, aos 66 anos, na Figueira da Foz, distrito de Coimbra, vítima de ataque cardíaco.
Nos governos liderados por António Guterres entre 1995 e 2002, Jorge Coelho foi ministro Adjunto, ministro da Administração Interna e ministro da Presidência e do Equipamento Social.
A partir de 1992, com Guterres na liderança do PS, Jorge Coelho foi secretário nacional para a organização, contribuindo para a vitória eleitoral dos socialistas nas legislativas de outubro de 1995.
Nascido em 17 de julho de 1954, em Mangualde, distrito de Viseu, Jorge Coelho era empresário, mas continuou sempre a acompanhar a atividade política, como comentador de programas como a Quadratura do Círculo, na SIC Notícias e TSF, mas também como cidadão.
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