O PCP emitiu, este domingo, um comunicado oficial a reagir à decisão da fase de instrução da Operação Marquês conhecida na passada sexta-feira.
Na nota, o partido começou por sublinhar que a decisão proferida pelo juiz Ivo Rosa será "objeto de recurso em algumas partes pelo Ministério Público" e deixou críticas à extensão no tempo do processo.
"Este caso judicial, pese embora a sua inequívoca complexidade e dimensão, tem-se arrastado no tempo de forma que é inaceitável aos olhos do cidadão comum", pode ler-se.
O PCP lembrou ainda que o "processo judicial está longe do seu fim" e que a decisão instrutória "não é definitiva quanto ao caso judicial". "Esta fase processual não é ainda o julgamento, para onde todo o processo deve seguir, tão rápido quanto possível", concluiu o partido liderado por Jerónimo de Sousa.
José Sócrates, inicialmente acusado de 31 crimes, vai a julgamento por três crimes de branqueamento de capitais e três de falsificação de documentos, os mesmos pelos quais Carlos Santos Silva está pronunciado.
Dos 28 arguidos do processo, ficaram pronunciados apenas cinco, tendo sido ilibados, entre outros, os ex-líderes da PT Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, o empresário Helder Bataglia e o ex-administrador do Grupo Lena Joaquim Barroca.
Dos 189 crimes imputados pela acusação, num processo que começou a ser investigado em 2013, só 17 vão a julgamento, mas o procurador Rosário Teixeira, responsável pelo inquérito, já anunciou que ia apresentar recurso da decisão para o Tribunal da Relação de Lisboa nos próximos 120 dias.
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