Esta posição é defendida numa declaração pública que será divulgada hoje, em Lisboa, num encontro com dirigentes dos dois partidos que formam a CDU, Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, Heloísa Apolónia, do Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV), e João Geraldes, da associação Intervenção Democrática (ID).
No texto, a coligação eleitoral afirma que "marcará presença em todo o território nacional com os seus candidatos, o seu projecto, os seus compromissos e programas" e assume pelo menos dois compromissos: bater-se pela regionalização do país e a reposição das freguesias.
Contra os que "invocam falsamente a descentralização" para a impedirem, "a CDU inscreve, sem hesitações, a regionalização como factor de coesão e desenvolvimento do país, a reposição das freguesias liquidadas contra a vontade das populações como elemento essencial de proximidade e representação de interesses locais", lê-se no texto.
Nos últimos meses, PCP e PEV tem vindo a defender a criação das regiões administrativas, com recurso a referendo, após o chumbo na consulta de 1998, contra a opinião do PS, que tem optado pela descentralização e democratização das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).
Em 2013, durante o Governo PSD/CDS, a reforma administrativa agregou ou extinguiu 1.168 freguesias para as 3.092 que existem atualmente.
Em janeiro de 2021, PCP, PEV e Bloco de Esquerda viram ser chumbadas propostas na Assembleia da República para repor as freguesias antes das eleições locais previstas para o outono deste ano.
A coligação eleitoral entre comunistas e verdes já teve, ao longo de mais de 40 anos, várias denominações - começou como Frente Eleitoral Povo Unido (FEPU), incluindo também o MDP/CDE, transformou-se em Aliança Povo Unido (APU) em 1979 e CDU em 1987.
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