Início do fim da pandemia? "Ainda estamos num período crítico"

Fernando Medina alerta que Portugal ainda enfrenta pelo menos dois meses de riscos muito elevados no que diz respeito à disseminação da Covid-19. No entanto, o comentador não deixou de considerar que a situação no país "está muito mais estabilizada".

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Notícias ao Minuto
28/04/2021 08:10 ‧ 28/04/2021 por Notícias ao Minuto

Política

Fernando Medina

Com o fim do Estado de Emergência à porta, Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, concordou que Portugal vive um "ambiente muito diferente daquele em que estava há cerca de um ano". Contudo, no seu espaço de comentário habitual na TVI24, o socialista alertou que este avanço no combate à pandemia ainda não pode ser considerado o início do fim da Covid-19. 

"Ainda estamos um pouco longe disso. (...) Ainda estamos num período crítico e não é possível tirar essa conclusão tão positiva de que já estamos com o problema resolvido porque não estamos", defendeu, durante a noite de ontem. 

Para o autarca, pelo menos os "próximos dois meses" representam "uma janela de tempo em que ainda temos de ter bastante prudência", visto que ainda não há um número suficiente de pessoas vacinadas "para não haver risco de propagação". 

Mais, de acordo com o comentador, há ainda um segundo risco que pode inverter o presente cenário e as perspetivas para o futuro "a qualquer momento": "o aparecimento de alguma estirpe que as vacinas não consigam enfrentar". 

Ainda assim, Fernando Medina não deixou de sublinhar que o país está com "uma situação que está muito mais estabilizada".

"Tivemos esta semana um dia sem mortos, o que não acontecia desde agosto, temos a situação muito controlado nos lares e estamos a ter uma contínua diminuição quer nos internados quer nos cuidados intensivos", argumentou, saudando o impacto da vacinação contra o novo vírus em Portugal. 

Ainda sobre o sucesso da vacinação, Medina afirmou que é preciso não esquecer que as infraestruturas criadas para a administração das vacinas "estão a funcionar bem, de Norte a Sul do país". "Foi uma boa decisão criar centros de vacinação autónomos", acrescentou. 

"Bons sinais, bom caminho, a vacinação e a testagem a funcionarem, as pessoas a adotarem comportamentos bastante mais prudentes do ponto de vista do risco e podemos avançar em relação ao desconfinamento, mas temos de estar alerta", concluiu. 

Leia Também: Após reunião no Infarmed, partidos apoiam o fim do Estado de Emergência

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