Num comunicado da comissão política concelhia, que cita a presidente da estrutura, Amélia Mestre, o apoio é justificado com a "sintonia de ideias" entre Suzana Garcia, já indicada como candidata do PSD, e as propostas políticas dos centristas.
"Este é o momento de mudar de vida! Quarenta e dois anos de gestão autárquica de esquerda e duas décadas de maiorias absolutas do Partido Socialista conduziram o município a índices alarmantes de degradação económica e social", pode ler-se na nota.
Nesse sentido, o CDS-PP da Amadora considera que Suzana Garcia é alguém "independente, sem amarras, sem medo de cortar a direito e com outra ambição" para o concelho.
"A Comissão Política Concelhia do CDS aprovou ontem, por unanimidade, o apoio à candidatura de Suzana Garcia à presidência da Câmara Municipal da Amadora e a constituição de uma coligação pré-eleitoral com o PSD, aberta a independentes e outras forças políticas do centro e da direita democrática", refere.
A candidata do PSD à Amadora é advogada e foi comentadora da TVI, onde manifestou posições polémicas como o apoio à castração química para pedófilos reincidentes, que tem sido defendida em Portugal pelo partido Chega e não tem o acordo do PSD.
Em 07 de abril, o coordenador autárquico do PSD, José Silvano, defendeu que Suzana Garcia é a "candidata mais indicada para ganhar" a Câmara Municipal de Amadora, considerando que as suas posições públicas não põem em causa os valores sociais-democratas.
Dias depois, o líder do partido, Rui Rio, disse que se Suzana Garcia não tivesse o perfil para a corrida à Câmara Amadora não teria sido aprovada, esclarecendo que os crivos mudam conforme os cargos e concelhos em causa numa candidatura.
O atual executivo da Amadora, presidido pela socialista Carla Tavares, é formado por sete eleitos do PS, dois da coligação Amadora Mais (PSD/CDS-PP), um da CDU e um do Bloco de Esquerda.
As eleições autárquicas ainda não têm data marcada pelo Governo, mas, segundo a lei, terão de realizar-se entre 22 de setembro e 14 de outubro.
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