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CDS exige ao ministro da Defesa respeito para com ex-chefes militares

O presidente do CDS-PP exigiu hoje ao ministro da Defesa "respeito institucional e cordialidade" para com os ex-chefes militares e que recorra a "argumentos razoáveis e pertinentes" para "traduzir a bondade" da reforma das Forças Armadas.

CDS exige ao ministro da Defesa respeito para com ex-chefes militares
Notícias ao Minuto

14:34 - 11/05/21 por Lusa

Política CDS

"Eu não me revejo nessa troca de galhardetes e exijo ao ministro da Defesa que tenha a sobriedade, o respeito institucional e a cordialidade no tratamento de altos ex-representantes das Forças Armadas e que consiga, com argumentos razoáveis e pertinentes, traduzir a bondade das reformas que tem para as Forças Armadas", afirmou Francisco Rodrigues dos Santos

O líder centrista respondia aos jornalistas no final de uma reunião com a associação empresarial COTEC, em Lisboa, após questionado sobre as acusações do ministro da Defesa, segunda-feira, a "agremiações de antigos chefes militares" que considerou estarem a promover "manobras escusas" para travar a reforma legislativa que o governo pretende ver aprovada no parlamento.

O presidente do CDS-PP defendeu que o ministro João Gomes Cravinho, "apesar das reformas que entende para bem do país executar, nunca deve violar um princípio que é o do respeito incomensurável por uma instituição castrense e a reserva moral da nossa nacionalidade, que são as Forças Armadas".

"Portanto, o que eu recomendo é que estas discussões sejam tidas com a lisura, com a urbanidade e com a solenidade que uma instituição como as Forças Armadas, que dignifica o nosso Estado de direito democrático e o nosso patriotismo, merece e recomenda", salientou igualmente.

As propostas do Governo para alterar a Lei de Defesa Nacional e a Lei Orgânica de Organização das FA (LOBOFA) vão ser apreciadas hoje, num primeiro momento, na comissão parlamentar de Defesa Nacional, seguindo-se o debate alargado em sessão plenária na próxima semana.

O executivo, na senda de tentativas similares por parte de outros Governos, em 2009 e 2014, pretende concentrar mais poderes e competências na figura do Chefe do Estado-Maior das FA (CEMGFA), designadamente em termos de comando operacional conjunto dos três ramos da FA (Marinha, Exército e Força Aérea).

Os diplomas mereceram críticas por parte de antigos chefes militares e a Associação de Oficiais das Forças Armadas também repudiou a reforma, sugerindo tratar-se de um caminho de "partidarização/governamentalização" da instituição militar.

Na semana passada, o GREI (Grupo de Reflexão Estratégica Independente), associação que reúne antigos chefes militares, reuniu-se com os diferentes grupos parlamentares com assento na Comissão de Defesa Nacional.

Esta associação tem criticado as reformas delineadas pelo Governo, especialmente pelo "desaparecimento da maior parte dos graus intermédios de comando e de direção", sublinhando que será uma "fonte de permanente atrito entre os patamares Ministro da Defesa Nacional (MDN), CEMGFA e Conceito Estratégico Militar (CEM)".

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