Num comunicado enviado à Lusa, fonte da concelhia explica que a discordância com os órgãos nacionais do partido tem a ver com a exigência das estruturas locais democratas-cristãs sobre a indicção do segundo lugar na lista àquela câmara do distrito do Porto.
"Depois de muito batalharmos e ao fim de muito meses de negociações, acederam finalmente em dar-nos esse lugar, para o qual sugerimos alguns nomes de pessoas de peso e idóneas", indica a estrutura local.
No entanto, prossegue, "os desenvolvimentos mais recentes na estratégia seguida pelo coordenador autárquico Fernando Barbosa demonstraram que se baseava em desígnios assentes, infelizmente, na subjugação aos interesses do PSD".
O atual presidente da concelhia do CDS-PP do Marco de Canaveses, Carlos Pinheiro, demitiu-se do cargo em março, em protesto contra a coligação PSD/CDS-PP às autárquicas de 2021. Em abril, foi reeleito e reafirmou a oposição à coligação.
No comunicado hoje divulgado, a comissão política considera que o coordenador autárquico, Fernando Barbosa, teve "uma atitude desleal e não democrática, ao não comunicar oficialmente a recusa dos nomes" propostos ao PSD".
A estrutura local assinala, a terminar, que "não teve nenhuma intervenção na escolha dos nomes que vierem a constar nas diferentes listas para os três órgãos locais".
No concelho de Marco de Canaveses já são conhecidos os candidatos do PSD, Maria Amélia Ferreira, e da CDU, José Luís Sousa.
A atual presidente do executivo, Cristina Vieira (PS), também já anunciou a recandidatura a um segundo mandato.
A data das eleições ainda não foi marcada, mas deverão realizar-se no final de setembro ou princípio de outubro.
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