CDS condena IL por simular ato político para "furar regras de saúde"
O presidente do CDS-PP afirmou hoje que o liberalismo da Iniciativa liberal "rima com negacionismo", no caso do arraial de Santo António, e condenou "veementemente" que se "simulem" atos políticos para "furar as regras" de saúde.
© Lusa
Política Francisco Rodrigues dos Santos
"Parece-me que o liberalismo da IL rima com negacionismo e que, contrariamente àquilo que julgávamos, a IL e o PCP têm muito mais em comum do que poderíamos supor à primeira vista", salientou Francisco Rodrigues dos Santos durante uma visita à vila de Murça, no distrito de Vila Real.
Instado a comentar o "Arraial Liberal" promovido pela IL no sábado, em Lisboa, o líder do CDS-PP disse condenar "veementemente que se simulem atos políticos para furar as regras de saúde porque isso é um péssimo sinal que se dá aos portugueses e que envergonha a todos".
"Já critiquei no passado as ações do PCP, tenho que dizer que esta manifestação simulada da IL nos envergonha a todos e é um mau exemplo que se dá por parte dos partidos políticos", afirmou.
Francisco Rodrigues dos Santos disse ter "muito orgulho" na "postura responsável" que o CDS-PP tem "mantido".
"E é assim que queremos continuar até ao fim porque há portugueses que estão a passar sacrifícios, têm que cumprir escrupulosamente as regras e as orientações das autoridades de saúde e não podem ser desrespeitados por uma casta de políticos que se acha acima dos portugueses", sublinhou.
Questionado sobre declarações suas em que defendia ser possível organizar santos populares a uma escala reduzida, o presidente do CDS-PP explicou manter essa postura desde que "houvesse pareceres positivos por parte das autoridades de saúde".
"E como se viu aquilo não foi uma escala reduzida", disse, sublinhando que foi "um mega evento que juntou milhares de pessoas, onde não estavam respeitadas nenhumas das recomendações de saúde pública que estão em vigor já há muito tempo no nosso país", afirmou.
Na sua opinião, desde que "houvesse planeamento, organização, a uma escala reduzida, micro e disseminada pela cidade seria possível comemorar os santos populares".
"Nunca daquela forma absolutamente atabalhoada e negacionista e irresponsável como vimos que, de resto, desrespeita os sacríficos que os portugueses estão a passar", reiterou.
Apesar de a Câmara Municipal de Lisboa ter cancelado os festejos tradicionais dos Santos Populares e de as autoridades de saúde terem emitido um parecer desfavorável, a IL agendou um arraial comício para a tarde de sábado, ocupando o Largo Vitorino Damásio, em Santos, com dezenas de mesas, quiosques de venda de bebidas, assim como quatro assadores para sardinhas e bifanas.
Quanto às declarações do Presidente da República que, no domingo, assegurou que, consigo, "não vai haver" volta atrás no desconfinamento, Francisco Rodrigues dos Santos disse estar "otimista" quanto ao futuro.
"Eu entendo que estamos numa situação, como o senhor Presidente da República descreveu, a atravessar a reta final desta pandemia, ainda assim há que respeitar todas as recomendações das autoridades de saúde e assegurar que elas são cumpridas, acatadas por todos os portugueses, sendo certo que, aqui, o Governo tem uma componente fundamental nesta parte pedagógica que é que a comunicação seja coerente, que não tenha desvios de instruções nem aplique descriminações a grupos de portugueses e a setores de atividade", salientou.
Nesta visita a Murça, o presidente do CDS-PP passou pela feira e pelos bombeiros voluntários, sendo acompanhado pelo candidato daquele partido à Câmara Municipal, Mário Jorge Oliveira.
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