A presidência portuguesa da União Europeia terminou hoje e "do ponto de vista do Partido Socialista terminou de modo muito positivo, apesar de todas as limitações impostas pela pandemia de covid-19", afirmou José Luís Carneiro, numa mensagem no Facebook.
"Tratou-se de um aprofundamento da solidariedade e da coesão europeias e, por outro lado, de um novo olhar estratégico para o mundo e para as relações de cooperação e de comércio internacionais", prosseguiu o secretário-geral adjunto do PS.
Relativamente à cooperação e solidariedade, "gostaria de destacar a Cimeira Social do Porto, em que pela primeira vez a União Europeia chama a si responsabilidades muito claras, muito objetivas, para que até 2030 se invista mais na proteção do emprego, na qualificação dos cidadãos e, muito particularmente, no combate à pobreza e, entre esta, o combate à pobreza infantil", acrescentou.
"Mas também ficou patente esta solidariedade, nomeadamente no modo como se adquiriram as vacinas, de forma conjunta e, ao mesmo tempo, como se procurou garantir a vacinação tão homogénea quanto possível para garantir que a imunização ocorria de forma simétrica em toda a União Europeia", destacou.
Além disso, a presidência portuguesa "conseguiu também (...) garantir o certificado digital covid-19 para criar melhores condições de mobilidade, de entrada e de circulação dentro do espaço europeu".
No que respeita à dimensão estratégica, "não poderemos deixar de valorizar o encontro de líderes europeus com a Índia", destacou José Luís Carneiro.
"O encontro com a Índia significa não apenas um encontro histórico, um reencontro cultural e um reencontro institucional, mas ao mesmo tempo uma vontade de iniciar negociações, tendo em vista garantir níveis de cooperação mais elevados no comércio internacional e, também, no domínio das novas tecnologias e no domínio do investimento recíproco entre a União Europeia e também a Índia", referiu.
José Luís Carneiro destacou ainda o acordo comercial fechado com o Reino Unido, que classificou "da maior importância estratégica para o futuro da União Europeia no quadro das suas relações com o Atlântico".
A presidência portuguesa terminou, rematou, "com um esforço imenso desenvolvido pelo primeiro-ministro português, António Costa, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e por todo o ministério dos Negócios Estrangeiros" e de "diplomatas que em Portugal, que em Bruxelas, procuraram dar o melhor de si para defender os interesses da União Europeia, naturalmente com uma marca especial do modo como os portugueses olham e encaram os desafios mundiais".
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