Costa diz que "não está prevista nenhuma remodelação" do Governo

O primeiro-ministro, António Costa, disse, em entrevista ao jornal Público, que "não está prevista nenhuma remodelação" do Governo, e defendeu o trabalho dos seus ministros e a estabilidade governativa.

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Lusa
03/07/2021 10:27 ‧ 03/07/2021 por Lusa

Política

António Costa

 

Numa entrevista àquele diário, divulgada parcialmente hoje, Costa afirmou que "não está prevista nenhuma remodelação" do seu Governo "no horizonte".

De acordo com aquela publicação, o governante defendeu o trabalho desenvolvido pelos seus ministros e salientou também a necessidade de estabilidade governativa.

António Costa defendeu também que a política requer "muita persistência", dando como exemplo que na segunda-feira vai assinalar o arranque da extensão do metro ligeiro a Loures, uma das propostas que apresentou quando foi candidato à câmara daquele município, em 1993.

Nos últimos dias, alguns partidos têm defendido a demissão do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

Numa outra entrevista, ao semanário Expresso, publicada na sexta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou esperar que o PS lhe "permita que acabe" a sua atividade profissional, nos próximos anos, na Faculdade de Economia do Porto

"Não me imagino a deixar de ter interesse pela política. Mas espero que o PS me permita que acabe a minha atividade profissional na minha profissão, na Faculdade de Economia do Porto. Como os professores universitários só podem dar aulas até aos 70 anos, e eu já tenho 64", disse Santos Silva, numa entrevista ao semanário Expresso, na resposta à pergunta "como é que projeta o seu adeus à política".

Num comentário a estas declarações, o primeiro-ministro considerou que Santos Silva ainda tem "uns cinco anos" e que "mesmo o mais frio racionalista tem sempre um momento de ingenuidade quando fala com os jornalistas".

Falando também das restrições à circulação decretadas pelo Governo, cuja constitucionalidade tem sido questionada, o chefe de Governo defendeu que são necessárias para conter a pandemia e que estão enquadradas pela Lei de Bases da Proteção Civil, que autoriza "a imposição de limitações à circulação, que podem ter uma natureza territorial, como as que estão em vigor para a Área Metropolitana de Lisboa, ou como a que vigorou na cerca de Ovar".

De acordo com António Costa, "já há jurisprudência a validar a constitucionalidade desta última medida".

No que toca a exercer um cargo europeu, António Costa confirmou que lhe ofereceram "a oportunidade" em 2019, mas afirmou que "não havia, na altura, condições" para aceitar.

Na quinta-feira, o Conselho de Ministros decidiu que a entrada e saída na Área Metropolitana de Lisboa está proibida até às 06:00 de segunda-feira, aplicando-se ainda recolher obrigatório, diariamente, entre as 23:00 e as 05:00, em 45 concelhos de Portugal continental.

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