O eurodeputado Nuno Melo defendeu que o partido não pode "dispensar" no futuro a ex-presidente centrista, Assunção Cristas.
"É uma daquelas pessoas que o CDS, se tem algum sentido de gratidão, não pode dispensar no futuro", afirmou Nuno Melo num texto partilhado na sua página oficial do Facebook, momentos após a ex-dirigente ter afirmado numa entrevista à RTP, ontem à noite, que considerava que o eurodeputado tinha "todas as condições" para assumir a liderança do partido, tal como Adolfo Mesquita Nunes ou Cecília Meireles.
Referindo que a entrevista "deve ser realçada", Nuno Melo sublinhou também que, mesmo que tenha deixado o cargo de presidente, Assunção Cristas "mantém-se afetivamente ligada ao seu partido de sempre".
"É intérprete do melhor resultado em eleições para o executivo da capital", elogiou ainda o eurodeputado.
Sublinhe-se que Assunção Cristas reiterou, esta quarta-feira, que a sua carreira política estava fechada e que estava, neste momento, concentrada num caminho académico, mas admitiu que "seria desonesto" dizer que nunca mais voltaria a exercer um cargo político.
Importa ainda recordar que, na semana passada, num jantar no âmbito das jornadas parlamentares do CDS, Nuno Melo criticou a direção do partido, liderada por Francisco Rodrigues dos Santos, acusando de "entrincheiramento" e de "atacar os seus", e defendeu que o esforço para agregar o partido tem de partir "do topo para a base".
No sábado, o também líder da distrital centrista de Braga confirmou que vai apresentar uma moção no próximo congresso do partido, mas disse que a decisão de avançar para a liderança apenas vai ser tomada depois das eleições autárquicas.
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