"Tempo de férias é também tempo de desigualdades profundas"
Joacine Katar Moreira, deputada não-inscrita, reagiu à notícia que dá conta que, em Portugal, 72,6% de pessoas em risco de pobreza não conseguem pagar férias.
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Política Joacine Katar Moreira
"Tempo de férias é também tempo de desigualdades profundas". É desta forma que Joacine Katar Moreira, deputada não-inscrita, reagiu à notícia que dá conta que, em Portugal, 72,6% de pessoas em risco de pobreza não conseguem pagar férias.
Para Joacine, "o lazer, o descanso e o divertimento não estão ao alcance de milhares de pessoas e crianças", sendo, por isso, "a política que importa aquela que luta por melhores salários e melhor distribuição da riqueza".
"Não aquela que persegue os marginalizados da sociedade", distingue.
De recordar que os trabalhadores com salários baixos estão entre os 35 milhões de cidadãos da União Europeia (UE) que não têm verbas para pagar férias de verão, segundo dados divulgados esta semana pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES).
Usando dados do gabinete estatístico europeu (Eurostat), a CES refere que, em termos globais, 28% dos cidadãos da UE não podem pagar uma semana de férias fora de casa, subindo para 59,5% entre as pessoas cujo rendimento é inferior ao limiar do risco de pobreza.
A Grécia é o Estado-membro que apresenta a pior situação, com 88,9% das pessoas em risco de pobreza incapazes de pagar as suas férias, seguida da Roménia (86,8%), Croácia (84,7%), Chipre (79,2%) e Eslováquia (76,1%). Em Portugal, são 72,6% de pessoas em risco de pobreza que não conseguem pagar férias, sendo a média da UE de 59,5%.
No outro extremo da tabela estão a Finlândia (30%), o Luxemburgo (30,8%), a Dinamarca (31,7%) e a Suécia (32,3%).
Segundo a CES, muitos europeus com rendimentos abaixo da mediana estão desempregados ou reformados, mas este grupo inclui também milhões de trabalhadores com baixos salários, especialmente os que auferem o salário mínimo legal.
A população em risco de pobreza é aquela cujo rendimento equivalente se encontra abaixo da linha de pobreza definida como 60% do rendimento mediano por adulto equivalente.
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