PCP quer esclarecimentos sobre despedimentos em fábrica de Vila do Conde

O Partido Comunista Português (PCP) solicitou, hoje, ao governo esclarecimentos sobre a situação laboral na empresa de conservas de peixe Gencoal, sediada em Vila do Conde, distrito do Porto, que, no ano passado, despediu 97 trabalhadores.

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Lusa
12/03/2025 22:28 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

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O PCP afirmou que a empresa, detida pelo grupo italiano Generale Conserve, alegou "motivos conjunturais" para esse despedimento coletivo, em março de 2024, mas divulgou que agora a Gencoal começou a "recrutar trabalhadores para fazer face ao aumento de encomendas, recusando-se a contratar as trabalhadoras anteriormente despedidas".

 

"Tal como o PCP denunciou na altura, as justificações apresentadas não eram credíveis nem compatíveis com os investimento que a Gencoal concretizou nas atuais instalações, ou com perspetivas de ampliação da fábrica que motivaram um pedido de informações sobre a disponibilidade de terrenos com aptidão industrial no Município, que terão feito à Câmara Municipal de Vila do Conde", pode ler-se no comunicado enviado pelo partido,

Nas perguntas enviadas pelo seu grupo parlamentar ao governo, o PCP aponta que esta situação levanta questões "sobre possíveis violações da lei do despedimento coletivo", especialmente em relação à recusa de contratação das trabalhadoras despedidas.

Os comunistas consideram que "o setor das conservas é de grande importância para a economia nacional", lembrando que a "produção nacional é essencial à soberania alimentar do país"

"A defesa e valorização deste setor passa também pela valorização de quem nele trabalha, dos seus salários, horários e condições de trabalho, bem como pela manutenção dos postos de trabalho", acrescentou o partido.

Nesse sentido, o PCP questionou o governo sobre o conhecimento da contratação de novos trabalhadores pela Gencoal e a alegada recusa em contratar as trabalhadoras despedidas.

O partido também pediu informações sobre as medidas que o executivo "está a tomar ou planeia para garantir a reintegração dos trabalhadores despedidos", se considera que o "despedimento coletivo realizado pela Gencoal possa ter sido ilegal ou irregular", e quais as ações que serão tomadas em resposta.

Sediada em Caxinas, Vila do Conde, a Gencoal foi comprada em 2009, pela empresa italiana Generale Conserve, quando estava numa situação de falência.

Em 2020 tinha cerca de 450 trabalhadores, número que foi sendo reduzido nos anos seguintes, sendo quem em 2024, antes do despedimento coletivo de 97 funcionários, empregava 277 pessoas.

A empresa, que opera na produção de conservas de cavala e salmão para revenda pelo grupo italiano que a detém, alegou, em 2024, como motivos para o despedimento coletivo, as dificuldades causadas pelo aumento do preço do azeite e do alumínio, assim como a concorrência da Polónia.

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