O Presidente do Partido Socialista (PS) , Carlos César, sublinha que "as eleições não servem para absolver comportamentos irregulares ou ilegais nem são uma limpeza ética", questionado sobre uma possível influência na campanha para as Legislativas pelos socialistas.
Em declarações na Grande Entrevista, da RTP3, esta quarta-feira, Carlos César lamenta "que esta situação tenha sido gerada", mas aponta que "o único culpado da situação que estamos a viver é o sr. primeiro-ministro". Acrescenta ainda que "eleições [são] da sua exclusiva responsabilidade".
Em relação a uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), avançada pelo PS, aponta que esta "nunca serviria para constituir um fórum de infâmia e difamação que pusesse em causa aspetos de ética e de idoneidade da família do primeiro-ministro".
"O instrumento da CPI é o único que se adapta a esclarecer o que aconteceu", sublinha o presidente do PS.
Em virtude das ações do executivo de Luís Montenegro, Carlos César partilha que tem "imensa inveja de ter sido o governo da AD que valorizou determinadas carreiras profissionais", as quais afirma terem sido concretizadas "com o dinheirinho que os governos do Partido Socialista arranjou e não teve tempo para passar a essa fase".
Recorde-se que no plenário de terça-feira, 11 de março, o Governo admitiu retirar a moção de confiança se o PS aceitasse uma comissão parlamentar de inquérito em 15 dias - o que foi rejeitado pelos socialistas. Posteriormente o PSD deu conta que tinha aumentado a proposta para final de maio - mas a recusa dos socialistas manteve-se.
[Notícia atualizada às 23h34]
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