PSD/Açores considera "absurda" proposta do PS para repor restrições
O PSD/Açores considerou hoje "absurda" a proposta do PS da região para repor medidas mais restritivas de combate à pandemia de covid-19 quando "há quase dois terços de população vacinada".
© Global Imagens
Política Covid-19
Citada em comunicado, a deputada do PSD/Açores Ana Quental recorda que "os dados oficiais mais recentes revelam que 65,68% dos açorianos estão vacinados com uma dose e 61,56% têm a vacinação completa" contra a covid-19.
"Não faz qualquer sentido que sejam retomadas nos Açores medidas mais restritivas de combate à pandemia da covid-19. A proposta do PS é absurda", refere Ana Quental.
Para a parlamentar, as críticas à nova matriz de risco mostram que "este PS está completamente desajustado da realidade", dado que "a conjuntura pandémica nos Açores se alterou para melhor com a vacinação".
O deputado do PS/Açores Tiago Lopes criticou hoje a nova matriz de risco implementada pelo Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) para controlar a pandemia de covid-19 e defendeu a vacinação nas crianças com idade superior aos 12 anos.
Em conferência de imprensa, realizada na delegação da Assembleia Regional em Ponta Delgada, Tiago Lopes considerou que a nova matriz assenta em critérios "profundamente questionáveis".
Para a social-democrata Ana Quental, "numa altura em que o processo de vacinação prossegue em velocidade de cruzeiro, repor as anteriores medidas restritivas não faz qualquer sentido".
"Além disso, a vacinação está a ser incrementada com a modalidade 'Casa Aberta' nos centros de vacinação de Ponta Delgada, Ribeira Grande, Angra do Heroísmo e Praia da Vitória", afirma.
Ana Quental lamenta o "constante ziguezague" das posições públicas de dirigentes e deputados socialistas acerca da pandemia, alegando que o PS "nunca resiste a tentar fazer um aproveitamento político".
"Em janeiro, quando a situação era muito mais preocupante, o PS queria menos restrições. Agora, que a conjuntura melhorou consideravelmente com a vacinação, o PS quer mais restrições", frisa.
A deputada do PSD/Açores acrescenta que as atuais prioridades no combate à pandemia passam por "vacinar 70% da população", bem como pela "contratação de mais profissionais de saúde", estando o Governo Regional "fortemente empenhado para alcançar essas metas".
A nova matriz de risco dos Açores, em vigor desde as 00:00 de hoje, estabelece três critérios para a definição da situação epidemiológica: a taxa de incidência semanal de novos casos, a variação semanal dos internamentos e o número de óbitos por semana.
Nos Açores, 61,6% da população (145.691 pessoas) tem a vacinação completa contra a covid-19, de acordo com a informação divulgada pela Autoridade de Saúde Regional que reuniu dados até ao dia de hoje.
Na mesma nota de imprensa era indicado que 155.446 pessoas (65,7%) receberam, até hoje, uma dose da vacina.
De acordo com o mesmo comunicado, São Miguel tem 60% da população com a vacinação completa e 61% com a primeira dose.
Na Terceira, 66% da população tem uma dose da vacina e 55% está com a vacinação completa.
Os Açores registam hoje 27 novos casos de covid-19, 25 dos quais em São Miguel e dois na ilha do Faial, e contam 14 recuperações, 11 na Terceira e três em São Jorge.
De acordo com o boletim diário da Autoridade de Saúde Regional, todos os casos de São Miguel correspondem a transmissão comunitária.
O arquipélago tem atualmente 554 casos ativos de covid-19, sendo 438 em São Miguel, 70 na Terceira, 20 no Faial, 15 em Santa Maria, seis no Pico e cinco em São Jorge.
Há sete cadeias de transmissão local primária ativas: duas no Pico, duas em São Jorge, duas em Santa Maria e uma no Faial.
A covid-19 provocou pelo menos 4.294.735 mortes em todo o mundo, entre mais de 202,8 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.485 pessoas e foram registados 988.061 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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