Numa pergunta dirigida ao ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, os centristas sustentam que sempre entenderam, "no âmbito da atual crise pandémica, que os nadadores-salvadores são um grupo que está sujeito a um contacto de grande proximidade, o que, só por si, já agrava o risco de contágio".
Por esse motivo, continuam, o partido apresentou uma iniciativa "que previa que, entre outras medidas, fossem fornecidos aos nadadores-salvadores os equipamentos de proteção individual necessários, não tendo sido aprovada devido aos votos contra do PS, PCP, PEV e IL".
"Do que temos conhecimento, a presente época balnear começou sem que fosse salvaguardada a vacinação dos nadadores-salvadores, pois não foram incluídos na lista de prioritários, não obstante a 'task-force' ter sido informada por 'e-mail' da pretensão destes socorristas", escrevem.
Os centristas apontam que, "contrariamente aos nadadores-salvadores, quem presta auxílio e salvamento na via pública foi incluído nos grupos prioritários", considerando que "esta discriminação deixa não só os nadadores-salvadores, como, inclusive, as pessoas socorridas num elevado risco de contágio devido à obrigatoriedade de contacto físico que a génese da própria atividade exige".
Neste contexto, os deputados do CDS pretendem saber se o Governo "tomou alguma medida de apoio aos nadadores-salvadores, concretamente o fornecimento de equipamentos de proteção individual" e que motivo justificou "a não inclusão dos nadadores-salvadores nos grupos prioritários no âmbito do plano de vacinação, contrariamente ao que aconteceu a quem presta auxílio e salvamento em terra".
O CDS quer ainda saber "quantos nadadores-salvadores estavam vacinados contra a Covid-19, e em que fase do processo de vacinação" no início da época balnear e ainda, "à data de hoje, quantos nadadores-salvadores estão vacinados contra a Covid-19, e em que fase do processo de vacinação".
A covid-19 provocou pelo menos 4.370.427 mortes em todo o mundo, entre mais de 207,84 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.584 pessoas e foram registados 1.006.588 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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