Se Costa sair o PS parte-se todo? Rio diz isso por "experiência própria"
Carlos César disse que o Congresso do PS não servirá para "discutir estatutos, questiúnculas internas ou quaisquer projetos associados" à sucessão de António Costa.
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Política Congresso PS
Carlos César, que é novamente candidato a presidente dos socialistas, defendeu que o 23.º Congresso do PS é "centrado no apuramento da nossa reflexão sobre a forma de melhor vencer os obstáculos com que o país se confronta, de resolver os nossos problemas estruturais e também de projetar nas próximas eleições autárquicas esse impulso que o PS pretende dar". O dirigente afastou, como todos o têm feito à entrada da reunião magna socialista, o tema da sucessão de António Costa.
"Não estamos aqui para discutir estatutos, questiúnculas internas ou quaisquer projetos associados" à sucessão de António Costa, disse o presidente do PS, em declarações aos jornalistas à entrada do Congresso que se realiza este fim de semana em Portimão.
Carlos César acrescentou que a concentração dos socialistas "é nos problemas do país" e sublinhou estar "convencido que a generalidade dos delegados irão intervir no sentido de dar conta das suas preocupações e propostas".
Questionado sobre se não é um sinal contraditório chamar para a mesa do Congresso quatro potenciais sucessores de António Costa [Mariana Vieira da Silva, Ana Catarina Mendes, Pedro Nuno Santos e Fernando Medina], Carlos César respondeu que não. "Chamei aqueles que têm maior notoriedade, a maioria dos quais já faziam parte da última mesa. estão ali, dando conta na linha da frente, do nosso contributo com os melhores e para fazer o melhor. Não há nenhum sinal sobre essa matéria", atirou.
Interrogado sobre uma declaração de Rui Rio, que afirmou que se Costa sair, o PS "parte-se todo", o socialista disse: "Presumo apenas que o líder da oposição diz isso por experiência própria. Mas o PS tem evidenciado que é bem diferente do PSD".
Ainda sobre o tema da liderança do PS, Carlos César assegurou que "os portugueses podem ter a certeza que o compromisso que António Costa tem com os portugueses é cumprido na íntegra [ser primeiro-ministro até 2023].
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