Cinco candidatos à câmara de Vila Real onde o PS é poder desde 2013
As eleições autárquicas de 26 de setembro vão ser disputadas por cinco candidaturas à câmara no concelho de Vila Real, um antigo bastião do PSD que o PS conquistou pela primeira vez em 2013.
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Política Autárquicas
O PS liderado por Rui Santos pôs fim a 37 anos de gestão social-democrata nesse ano e, em 2021, o presidente socialista candidata-se a um terceiro e último mandato.
Para recuperar a liderança no município, o PSD aposta no independente Luís Tão, antigo presidente da Associação Empresarial de Vila Real -- Nervir, e apresenta-se coligado com o CDS-PP e o Aliança.
Pelo BE candidata-se o funcionário público Luís Santos, a escolha da CDU (PCP/PEV) recaiu sobre Alexandre Coelho, assistente técnico na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), e o Chega candidata o professor Sérgio Ramos.
Com a exceção de Rui Santos, todos os restantes candidatos estreiam-se como cabeças de lista em eleições à câmara municipal.
Para as autárquicas deste ano estão inscritos 49.686 eleitores em Vila Real, uma diminuição que resultou na perda de dois mandatos, passando dos atuais nove para sete.
A legislação determina que nos municípios com mais de 10.000 eleitores e menos de 50.000 o órgão câmara municipal seja formado por sete elementos.
Nas eleições de 2017, o número de eleitores inscritos era de 50.698 e, nesse ano, foram atribuídos nove mandatos para a câmara (sete ganhos pelo PS e dois pelo PSD) e 27 para a assembleia municipal.
Quatro anos depois, o número de mandatos políticos a atribuir desce, passando para sete na câmara e 21 na assembleia municipal.
Há quatro anos os socialistas venceram as eleições autárquicas na capital do distrito transmontano com 20.236 votos (64,40%), tendo o PSD conseguido 7.973 votos (25,37%), o CDS-PP 1.161 votos (3,69%), o BE 520 votos (1,65%) e a coligação PCP/PEV 426 votos (1,36%).
O CDS-PP, o BE e a CDU perderam votos em 2017 comparativamente com o anterior ato eleitoral, tendo apenas o CDS conseguido eleger um deputado para a Assembleia Municipal de Vila Real.
Os resultados preliminares dos Censos 2021 revelaram uma perda de 4,3% de residentes no concelho, passando de 51.850 para 49.623 numa década. A perda de população foi um dos temas que entraram nos discursos dos candidatos e está a marcar a pré-campanha eleitoral.
Segundo dados do EyeData, uma ferramenta de análise de dados estatísticos criada pela Social Data Lab para a agência Lusa, a população de Vila Real com mais de 65 anos atingiu os 21,52% em 2020, sendo a média nacional de 22,29%.
Por sua vez, a população residente com menos de 15 anos decresceu de 15,1% em 2010 para os 12,06% em 2020 (a média nacional era de 13,50%) e a população estrangeira neste concelho passou para os 2% (média nacional de 6,42%).
O número de médicos por mil habitantes atinge os 7,25 e a maior parte da população está concentrada na cidade, espalhando-se os restantes residentes pelas outras 19 freguesias do concelho, que atinge os 378,8 quilómetros quadrados.
Neste município, onde o ganho médio mensal por conta de outrem era de 1.090 euros em 2019, um terço da população ativa trabalha nos serviços públicos e a economia assenta em pequenas empresas ou atividades como a construção, extração de granito e agricultura, com destaque para o vinho.
Na capital de distrito, os maiores empregadores são o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
No setor privado, destaca-se a Continental Advanced Antenna Portugal, uma fábrica que produz componentes para automóveis e emprega mais de 500 trabalhadores.
O índice de poder de compra 'per capita' era, de acordo com dados de 2017 do EyeData, 98,10 (total de Portugal = 100).
Em julho deste ano, segundo dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), estavam inscritas 1.252 pessoas nos centro de emprego de Vila Real, enquanto em igual período do ano passado eram 2.619
As acessibilidades melhoraram para o território com o Túnel do Marão, o maior túnel rodoviário de Portugal, que rasgou as entranhas da serra e que, em 2016, encurtou a distância pela Autoestrada 4 (A4) entre o litoral e o concelho transmontano de Vila Real.
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