"Acho que é tempo de rompermos este protetorado do vírus covid, libertarmos a nossa sociedade e permitirmos a todos aqueles que ainda não podem regressar às suas profissões, que são o seu sustento, fazê-lo agora com responsabilidade", afirmou.
Em declarações aos jornalistas no final da segunda iniciativa de campanha autárquica do dia, no Bombarral (distrito de Leiria), Francisco Rodrigues dos Santos foi questionado sobre a reunião de hoje do Infarmed, no âmbito da evolução da pandemia de covid-19.
"É tempo de virarmos a página, acabarmos com este paternalismo da parte do Estado e acreditarmos que cada português é responsável por, em liberdade, proteger-se a si e aos outros", defendeu.
O líder centrista referiu que "Portugal é o país do mundo que tem mais população completamente vacinada em percentagem" mas também é "dos países que mantém um nível mais elevado de medidas securitárias".
Por isso, na sua ótica, é necessário "devolver a gestão das vidas às pessoas e não ao Estado, acreditando que com a sua responsabilidade e liberdade conseguirão proteger-se a si e aos outros".
"Eu acredito que cada um é capaz de decidir o melhor para si e para os outros e que o Governo deve deixar de impor regras altamente restritivas para funcionar a partir do bom senso de cada um", acrescentou, num comentário à possibilidade de o uso de máscara se manter obrigatório em espaços fechados.
Especialistas e políticos voltaram hoje ao Infarmed, em Lisboa, para analisar a evolução da pandemia, numa altura em que Portugal está próximo de atingir a meta de 85% da população vacinada contra a covid-19.
Na reunião, que mantém o formato semi-presencial, participam o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa.
Neste encontro, será analisada a situação epidemiológica no país, a efetividade das vacinas, os cenários para o outono e inverno, entre outras questões relacionadas com a pandemia.
A covid-19 provocou pelo menos 4.656.833 mortes em todo o mundo, entre mais de 226,31 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.888 pessoas e foram contabilizados 1.059.409 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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