No final de uma reunião com especialistas em saúde pública, partidos, Governo e Presidente da República no Infarmed, a porta-voz do CDS, Cecília Anacoreta Correia, afirmou aos jornalistas que é o momento de "liberdade para todos, com responsabilidade", dos cidadãos às entidades públicas.
"É a hora de desconfinar, esperamos que acabem as restrições às atividades económicas, mas também as de acesso aos serviços públicos" como repartições de finanças ou registos, bem como as da área da educação", defendeu.
"Preocupa-nos muito que arranque o ano letivo e a Direção-Geral da Saúde (DGS) ainda não tenha um plano de adaptação de funcionamento das escolas à realidade atual", com "grande parte da população estudantil, professores e funcionários já vacinados", declarou.
Cecília Anacoreta Correia indicou que é preciso agir também no acesso à saúde, afirmando que o CDS já propôs uma "via verde" para a saúde que dê acesso a cuidados na área social ou no privado a quem "espera para além do prazo razoável" por uma consulta, exame ou cirurgia no setor público.
Pela Iniciativa Liberal, Carla Castro, membro da Comissão Executiva do partido, disse aos jornalistas no final da reunião esperar que o levantamento das restrições aconteça "de forma imediata", com o "fim das restrições, fim das lotações e abertura de atividades".
Referindo-se às escolas, criticou que este mês não vá ser revista "nenhuma norma da DGS em relação às escolas", apontando que "há normas que não são fundamentadas", como o uso de máscaras nos recreios, ou, no caso das creches e pré-escolares, "restrições a utilização de brinquedos, que não são toleráveis".
Estas restrições "prejudicam as crianças no seu desenvolvimento social, motricidade e isso não é admissível", reforçou.
Carla Castro afirmou que "o governo tem falhado nos desconfinamentos e na preparação das fases seguintes" e considerou que "não é tolerável que os tiques obrigacionistas fiquem", nomeadamente no plano para o SNS do próximo outono e inverno.
"Sempre confiámos nos portugueses", afirmou, referindo-se quer aos "atos do dia-a-dia" dos cidadãos em altura de pandemia quer à adesão à vacinação, defendendo que é "finalmente altura de o governo deixar de infantilizar, falar com transparência e comunicar de uma forma correta" com os cidadãos.
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