Volt quer aumentar participação dos cidadãos na tomada de decisão

O partido Volt Portugal, que se candidata pela primeira vez a eleições nas autárquicas neste domingo, quer aumentar a participação dos cidadãos na tomada de decisão, nomeadamente nas juntas de freguesia.

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© Facebook | Volt Portugal

Lusa
23/09/2021 16:52 ‧ 23/09/2021 por Lusa

Política

Autárquicas

Durante uma arruada no bairro de Alvalade, em Lisboa, o cabeça de lista do partido à junta de freguesia, António Souza, recordou a aposta no lema "pensar europeu e agir localmente" e destacou a proposta de implementar "uma assembleia de cidadãos da junta de freguesia", para "envolver as pessoas nas decisões mais importantes".

"Os maiores desafios" em Alvalade -- uma das quatro freguesias a que o Volt concorre -- são a falta de estacionamento (sendo que o número de carros deve diminuir "progressivamente") e a diminuição do ruído, enumerou António Souza, propondo ainda "mais espaços verdes e jardins verticais", para combater as alterações climáticas.

O cabeça de lista do Volt à Câmara Municipal de Lisboa, Tiago Matos Gomes, participou na arruada, que juntou uma dúzia de apoiantes, fazendo um balanço "superpositivo" da campanha, prestes a chegar ao fim.

"A campanha tem corrido muito bem" nas três cidades onde o partido se candidata -- Lisboa, Porto e Tomar -, notou.

"Hoje em dia já muito pouca gente não sabe quem é o Volt. São as nossas primeiras eleições e esse reconhecimento é, para nós, muito importante", disse, realçando que a mais recente sondagem coloca o Volt como "primeiro entre os pequenos" partidos e movimentos.

Além de Tiago Matos Gomes, concorrem à presidência da Câmara de Lisboa Fernando Medina (coligação PS/Livre), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Horta Soares (IL), João Ferreira (CDU -- PCP-PEV), Nuno Graciano (Chega), Manuela Gonzaga (PAN), João Patrocínio (Ergue-te), Bruno Fialho (PDR), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Ossanda Líber (movimento Somos Todos Lisboa).

Nos sítios por onde tem passado, Tiago Matos Gomes registou que "as pessoas têm necessidade de falar" e estão "cansadas da política tradicional".

Os cartazes "diferentes" também têm ajudado, acredita - "diferentes" porque são recicláveis (tal como os folhetos), de dupla face e colados com cola branca. Além disso, "têm propostas" e não apenas rostos.

Na arruada, António Souza fez um desvio para ajudar uma senhora a confirmar qual é a sua secção de voto. "Não pode votar em mim, mas o importante é que vote", frisou.

Já o cabeça de lista à Assembleia Municipal de Lisboa, Miguel Macedo -- que começou a andar de bicicleta "quando ainda não havia uma ciclovia" e "era o único maluquinho de fato" -, deu provas de conhecimento ciclístico quando conversava com um jovem eleitor magoado no cotovelo.

"Isso foi a andar de bicicleta", atirou, acertando. Foi numa Gira [nome das bicicletas partilhadas de Lisboa]", acrescentou, acertando de novo. "E estavas a inventar um bocadinho?", perguntou, por fim, novamente certeiro, motivando um sorriso embaraçado.

Leia Também: Volt pede "maior fiscalização e policiamento" na noite lisboeta

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