"Lisboa perdida, um banqueiro em fuga e um presidente irritado: maus tempos para Costa de Portugal". Este é o título de um artigo do conceituado POLÍTICO que, em 4 de outubro, fez um 'raio-x' à situação política em Portugal, nomeadamente no que ao chefe do Governo diz respeito.
Começando por apontar que "António Costa deveria estar no topo do mundo", uma vez que "o seu Partido Socialista estava bem à frente da oposição nas sondagens para as Autárquicas", que o seu "czar das vacinas [Henrique Gouveia e Melo] declarou vitória sobre a Covid-19 após levar a cabo um programa de inoculação recordista no mundo", e que um "escândalo financeiro teve um final satisfatório". Contudo, o primeiro-ministro não tem (só) razões para sorrir.
Escreve o POLITICO que "o sabor doce da vitória rapidamente azedou" com a tentativa "frustrada" de promover "o herói da vacina". Esta polémica - a da eventual nomeação do vice-almirante para Chefe do Estado-Maior da Armada - "degenerou numa feia batalha institucional".
Ainda sobre este caso, é destacado que "infelizmente", "Costa e o seu ministro da Defesa, João Cravinho, parecem ter esquecido que as nomeações militares de topo são atribuições do Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa".
Também a vitória de Carlos Moedas frente a Fernando Medina (o delfim de António Costa) na eleição para a Câmara Municipal de Lisboa não ficou esquecida. "A eleição fez com com que Costa perdesse a capital do país e o seu sucessor, enquanto a oposição de Centro-Direita ganhou uma nova estrela no ex-Comissário Europeu", afirma a publicação.
E, "para piorar a situação de Costa, está a fuga do banqueiro João Rendeiro." O POLITICO explica que, apesar das condenações, os advogados do ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) têm "conseguido mantê-lo fora da prisão" e, agora, depois de uma fuga para parte incerta, "anunciou que não voltará para Portugal".
"A fuga provocou gritos de indignação e parecia confirmar uma crença amplamente difundida, alimentada por radicais de Direita e Esquerda, de que as elites políticas e empresariais estão acima da lei", termina.
Leia aqui na íntegra o artigo do POLITICO
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