É "incompreensível" que seja 'Chicão' a anunciar sentido de voto no OE

Nuno Melo criticou Francisco Rodrigues dos Santos por ter anunciado o sentido de voto do CDS no Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), um documento discutido e votado na Assembleia da República "sob a responsabilidade de um talento parlamentar que se chama Cecília Meireles".

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Melissa Lopes
17/10/2021 07:43 ‧ 17/10/2021 por Melissa Lopes

Política

OE2022

Nuno Melo, candidato à liderança do CDS, considera "incompreensível" que tenha sido Francisco Rodrigues dos Santos a anunciar o sentido de voto do partido em relação ao Orçamento do Estado para 2022, tendo em conta que se trata de um documento discutido e votado na Assembleia da República, "sob a responsabilidade de um talento parlamentar que se chama Cecília Meireles". 

O eurodeputado centrista lamenta também que o Rodrigues dos Santos tenha feito o anúncio  "sem tão pouco ter reunido previamente com os deputados ou conversado com o seu líder". 

E mais. "Considero igualmente incompreensível que a propósito o presidente do partido se reúna com o Presidente da República, sem se fazer acompanhar da deputada que melhor conhece o documento e a quem competirá o combate com o governo",  critica Nuno Melo numa publicação feita no Facebook, prometendo fazer diferente "quando for presidente do CDS". 

"Reunirei semanalmente com o Grupo Parlamentar, que será tratado como aquilo que é: um instrumento fundamental de ação política do partido", afirma. 

Nuno Melo arrancou este fim de semana a sua campanha interna até ao congresso de final de novembro, tendo como objetivo privilegiar o diálogo com os militantes por todo o país.  No sábado, marcou presença na tomada de posse do presidente da Câmara Municipal de Vale de Cambra, distrito de Aveiro, um dos seis municípios liderados pelo CDS.

Para este domingo está previsto um encontro com militantes no concelho de Braga.

A Comissão Política Distrital de Braga do CDS-PP é liderada precisamente por Nuno Melo e a concelhia por Altino Bessa, que integrou a Comissão Política Nacional após um acordo do grupo "Juntos pelo futuro" com a atual direção do partido, mas no início do ano demitiu-se em discordância.

Na campanha interna para a presidência do CDS-PP, que vai disputar com o atual líder do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, Nuno Melo vai "privilegiar os momentos de diálogo com os militantes", para apresentar as suas ideias para o futuro do partido, indicou à Lusa fonte da sua candidatura.

O objetivo passa por "ouvir as estruturas do partido, os militantes e trocar impressões".

O centrista quer ir a todo o país, incluindo às ilhas, em ações mais concentradas "à noite e ao fim de semana, quando as pessoas têm maior disponibilidade" para marcar presença. A mesma fonte admite que na corrida aos apoios para o congresso eletivo "todos os distritos e concelhos" onde Melo "poderá marcar presença são relevantes".

O eurodeputado Nuno Melo anunciou no último fim de semana que é candidato à liderança do partido como "uma obrigação e um imperativo de consciência" face à "progressiva perda de relevância própria" do partido, propondo-se "unir" e "chamar os que estão afastados".

A apresentação decorreu no Porto e contou com a presença de vários rostos conhecidos do partido, entre os quais o líder da bancada parlamentar, Telmo Correia, a deputada Cecília Meireles, o antigo líder da distrital do CDS-Porto Álvaro Castello-Branco, o deputado e presidente da União de Freguesias de Cascais e Estoril, Pedro Morais Soares, e o deputado João Almeida, que há dois anos disputou a liderança do partido com o atual presidente do partido.

Na ocasião, Nuno Melo considerou que "a democraticidade interna do partido está a ser torturada" com a antecipação do congresso, mas garantiu que tal apenas aumenta a sua "determinação".

Leia Também: Nuno Melo arranca com campanha interna para a liderança do CDS

Leia Também: Melo critica 'Chicão' por admitir adiar congresso em caso de chumbo do OE

 

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