Costa salienta "avanços" e espera "espírito construtivo" dos parceiros
O secretário-geral do PS defendeu hoje que o Governo está a procurar um acordo orçamental "de forma séria" e que as negociações já se traduziram em avanços e disse esperar "espírito construtivo" por parte dos parceiros.
© Valeria Mongelli/Bloomberg via Getty Images
Política OE2022
Esta posição foi transmitida por António Costa em conferência de imprensa no final da reunião da Comissão Política do PS, ocasião em que adiantou que esta manhã se reunirá às 09h00 com o PCP e às 11h00 com o Bloco de Esquerda, tendo em vista procurar um acordo de viabilização do Orçamento do Estado para 2022.
"Creio que com este ponto da situação fica bastante claro que o PS e o Governo têm trabalhado de forma séria, rigorosa, construtiva, com todos os partidos com quem têm vindo a negociar o Orçamento, traduzindo-se o conjunto das medidas em avanços já muito significativos", sustentou o líder socialista.
De acordo com António Costa, esses avanços "estão expressos quer no Estatuto do SNS, nas propostas de legislação laboral, no compromisso assumido para alterações na especialidade em domínios tão relevantes como as pensões, a fiscalidade, a melhoria dos serviços públicos e o financiamento das micro, pequenas e médias empresas".
António Costa adiantou que a Comissão Política do PS deu mandato reforçado para que prossigam as negociações tendo em vista a viabilização do Orçamento, "num espírito construtivo".
"Contamos, por isso, que os nossos parceiros, da mesma forma que o PS, manifestem igual vontade, determinação e disponibilidade para ao longo dos próximos dias continuarmos a aprofundar o trabalho que temos vindo a desenvolver e que pode prosseguir para além das matérias que já estão neste momento consolidadas", salientou.
Já no período de perguntas dos jornalistas, o secretário-geral do PS disse acreditar que todos os parceiros negociais do Orçamento "seguramente valorizarão" as propostas agora anunciadas pelos socialistas e deixou um aviso.
"Ninguém compreenderia que não justificassem a viabilização deste Orçamento do Estado na generalidade e depois com o trabalho na especialidade até à votação final global", declarou.
Para evitar um cenário de crise política, o secretário-geral do PS acentuou a seguinte mensagem: "temos feito tudo e tudo faremos que esteja ao nosso alcance para viabilizar este Orçamento, para o bem de Portugal, dos portugueses, da estabilidade e da continuidade das políticas que têm tido tão bons resultados desde 2016".
"Agora, obviamente, o Orçamento não pode ser aprovado a qualquer preço - porque o preço é pago pelo conjunto dos portugueses. E, portanto, nós temos de ir sempre fazendo o que temos feito desde 2016: Avanços sólidos, mas sempre sem dar um passo maior que a perna", acrescentou.
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