"Acabo de ser notificado pelo Conselho Nacional de Jurisdição do CDS, que julgou procedente a minha impugnação da convocatória do Conselho Nacional do Partido convocado para hoje, que nessa medida não se poderá realizar", escreveu Nuno Melo na sua conta da rede social Facebook, afirmando que a decisão "significa que, a acontecer, a reunião será ilegal e todas as deliberações tomadas serão nulas".
De acordo com o adversário de Francisco Rodrigues dos Santos na corrida à liderança do partido, "qualquer expediente para violar a vontade expressa do Tribunal do Partido, para evitar as eleições de delegados ao Congresso agendadas para o próximo domingo, depois de quererem evitar que os militantes escolham a estratégia para pós-legislativas e a liderança que deverá enfrentar o desafio em Congresso, transformaria o partido numa realidade à margem da democracia e do próprio Estado de direito".
"Tenho ouvido como a direção se diz respeitadora da vontade dos órgãos do partido. Atentem então à decisão que o Tribunal do Partido expressou. Respeitem-na, para salvaguarda da dignidade do próprio CDS", concluiu.
"O Conselho Nacional de Jurisdição reuniu-se para deliberar sobre a impugnação do Conselho Nacional que se realiza hoje", lê-se num documento assinado pelo presidente do "tribunal do partido", Alberto Coelho, e ao qual a Lusa teve acesso.
O texto indica que, "após a votação, foi aprovada a admissão da impugnação", com quatro votos a favor e três contra, incluindo o de Alberto Coelho.
O XXIX Congresso do CDS-PP está marcado para os dias 27 e 28 de novembro em Lamego, no distrito de Viseu, com Nuno Melo e o atual presidente, Francisco Rodrigues dos Santos, como candidatos.
No entanto, o líder do partido convocou uma reunião do Conselho Nacional para hoje para tentar adiar o congresso.
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