Catarina Martins ressalvou, este sábado, que a dissolução da Assembleia da República (AR) não era "a opinião do Bloco do Esquerda (BE)", mas, sendo "legitimamente" decidido pelo Presidente da República, o partido defende que as eleições antecipadas sejam realizadas com brevidade.
"Neste cenário, nós consideramos que as eleições devem ocorrer o mais depressa possível. Devem ser os partidos a adaptar os seus processos ao calendário eleitoral e não o contrário", disse a coordenadora do BE aos jornalistas, este sábado, no final da audiência com o Presidente da República, que recebe hoje em Belém os partidos com assento parlamentar para discutir a dissolução da AR e a data de eleições antecipadas.
No entanto, apesar de ser um "processo que está em andamento" e o de o país precisar de "definição e não de impasse", Catarina Martins salientou que, "naturalmente", também é preciso que "haja uma campanha eleitoral que seja esclarecedora", o que, na ótica do Bloco de Esquerda, seria "impossível antes do dia 16 de janeiro".
Na reunião com o Chefe do Estado, a líder bloquista transmitiu outra posição do partido. "Consideramos que, uma vez que o Governo não se demitiu e que está na plenitude das suas funções, as atualizações que estavam anunciadas - nomeadamente do salário mínimo nacional, bem como das pensões, de algumas prestações sociais e dos salários da Função Pública - devem avançar. A folga orçamental deste ano dá perfeitamente para acomodar tudo isso."
A delegação do BE hoje recebida pelo Presidente da República foi composta por Catarina Martins, pelo líder do grupo parlamentar do partido, Pedro Filipe Soares, e pela deputada e membro da Comissão Política Nacional Mariana Mortágua.
[Notícia atualizada às 19h26]
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