"Eu acho que, depois da pandemia, está tudo doido. No momento em que o país entrou nalguma instabilidade, por via do 'chumbo' do orçamento, esperaria que também nas lideranças partidárias houvesse estabilidade, mas enfim, em democracia há sempre soluções", afirmou Rui Barreto, questionado pelos jornalistas à margem da apresentação dos 15 novos autocarros adquiridos pela empresa Horários do Funchal.
Na perspetiva do líder centrista na Madeira, é "necessário haver clarificação, segurança nas lideranças e paz".
"O que as pessoas querem é que os partidos façam aquilo que lhes compete que é apresentar soluções e governar ou fazerem boas oposições", sustentou o também secretário regional da Economia.
"Não é estarem a digladiar-se e em guerrilha permanente. Esse ambiente não é bom e parece-me que em tudo isto só há uma pessoa que deve estar a sorrir, que é o ainda primeiro-ministro de Portugal", acrescentou Rui Barreto.
O líder do CDS/Madeira referiu ainda que apoia a candidatura do eurodeputado Nuno Melo à liderança do partido, mas deu "liberdade de voto a cada militante que estará no congresso para votar da forma que entender".
São candidatos à liderança do CDS-PP o atual presidente, Francisco Rodrigues dos Santos, e o eurodeputado eleito pelo partido, Nuno Melo.
O congresso eletivo do CDS-PP estava agendado para os dias 27 e 28 de novembro, em Lamego, mas foi adiado para depois das eleições legislativas pelo Conselho Nacional, por proposta do líder centrista.
Esta decisão gerou polémica dentro do partido e levou à desfiliação de antigos dirigentes nacionais.
Após uma impugnação por parte do eurodeputado Nuno Melo, o Conselho Nacional de Jurisdição do CDS-PP considerou "nula e sem qualquer efeito a convocatória" da reunião de sexta-feira do órgão máximo do partido entre congressos, mas a direção não aceita e alega que a reunião foi legal.
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