"O PS tudo tem procurado fazer para dar resposta aos problemas dos portuguese e tudo fez para evitar esta crise política", começou por afirmar José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto do PS, reagindo ao anúncio do Presidente de marcação de eleições antecipadas para 30 de janeiro.
O dirigente socialista sublinhou que o partido procurou "até ao limite do que considerou ser o interesse nacional" alcançar um acordo para a viabilização do Orçamento do Estado para 2022.
"Os partidos rejeitaram as propostas do Governo sabendo que o PR havia anunciado que convocaria eleições se o OE fosse reprovado", realçou.
O socialista declarou ainda que o PS "compreende e respeita a decisão" do senhor Presidente da República, apesar de ter defendido o dia 16 de janeiro.
"Fizemos um esforço imenso para chegarmos até aqui", disse, sublinhando que "em Portugal e na Europa, tivemos de vencer os momentos mais críticos da pandemia e proteger as nossas condições de vida. E conseguimos".
O "número dois" do PS insistiu que o Governo apresentou "uma boa proposta de OE", que "previa mais investimento público na saúde, na habitação, nos transportes e na mobilidade" e que "tinha apoios significativos para as empresas e também para o conjunto da economia".
O dirigente assegurou também que "com o PS não haverá vazio de poder".
"Procuraremos que esta situação prejudique o menos possível o interesse de Portugal e o interesse dos portugueses. Tudo faremos para garantir a atempada aplicação dos fundos europeus, tudo faremos para, no estrito cumprimento da lei, manter o país em condições de recuperar a sua economia e melhorar as condições de vida dos portugueses", declarou, apelando "à forte mobilização dos portugueses para esta eleição para garantir certeza, segurança e estabilidade, fatores essenciais à recuperação do país".
Já no período de perguntas, José Luís Carneiro reiterou a tese de que o Governo, mesmo nos períodos mais críticos da pandemia da covid-19, "conseguiu garantir proteção na saúde, no emprego e na economia".
"Portugal está entre os países mais bem sucedidos na vacinação, tendo atualmente níveis de crescimento económicos que permitem ao país estar a recuperar do que a média da União Europeia", acrescentou.
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