Filipe Lobo d'Ávila, militante do CDS, considerou, esta sexta-feira, nas redes sociais, que "era bom que o Francisco [Rodrigues dos Santos] e o Nuno [Melo] se sentassem", de modo a existir um acordo.
"Com a data das eleições legislativas marcada para dia 30 de Janeiro o CDS só continuará numa situação de ausência de clarificação, definhamento e erosão da sua já curta credibilidade, apenas se quiser", considerou, no Facebook.
Para Filipe Lobo d'Ávila, "era bom que o Francisco e o Nuno se sentassem (ou, não o conseguindo eles próprios, que encontrassem alguém que o fizesse por eles) e que existisse um acordo sobre (i) data do Congresso, (ii) modo de funcionamento/organização do Congresso (para evitar outro tipo de espetáculos) e que, (iii) sem reservas de parte a parte, aceitassem publicamente um compromisso de integração para quem viesse a perder".
E acrescentou: "Quem perdesse aceitaria publicamente integrar e respeitar quem ganhasse, procurando que o CDS se apresentasse minimamente pacificado e capaz de se concentrar em estruturar as suas próprias propostas".
O centrista defendeu esta como uma possível solução para a crise que o partido atravessa, considerando que, "provavelmente, será uma utopia". "O espaço para o conseguir será já curto, mas por estes dias talvez ainda fossemos a tempo de devolver sentido e utilidade ao CDS", terminou.
Recorde-se que o Conselho Nacional do CDS-PP aprovou, no passado dia 30, o adiamento, para depois das eleições legislativas, do congresso eletivo do partido, que deveria realizar-se a 27 e 28 de novembro, em Lamego.
O cancelamento do congresso por proposta do presidente do partido foi aprovado com 144 votos a favor (57,8%), 101 contra (40,6%) e quatro abstenções (1,6%), disseram à Lusa várias fontes que assistiram à reunião.
O 29.º Congresso do CDS-PP estava agendado para 27 e 28 de novembro, em Lamego, distrito de Viseu. São candidatos à liderança do partido o atual presidente, Francisco Rodrigues dos Santos, e o eurodeputado Nuno Melo.
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