O candidato à liderança do CDS-PP Nuno Melo defende que a insistência de Francisco Rodrigues dos Santos em adiar a realização do congresso do partido mostra "a fragilidade de um líder que tem medo de ir a votos dentro".
Depois de o Presidente da República ter dissolvido o Parlamento e convocado eleições legislativas para 30 de janeiro, Nuno Melo considera que a data permite perfeitamente manter o Congresso Nacional do CDS a 27 e 28 de novembro.
"Hoje fica cristalino, com a data designada pelo Sr. Presidente da República, que com o Congresso realizado nesses dias, havia tempo para discutir e votar uma moção de estratégia global, eleger uma liderança que saía legitimada, apresentar listas, fazer uma campanha digna, havia tempo para tudo isso", aponta.
O eurodeputado aponta ainda que o líder do CDS tem justificado o adiamento do Congresso com "algumas falsidades" como a de que, no passado, o partido já adiou congressos que estavam marcados.
Segundo Nuno Melo, isso nunca aconteceu com candidatos já declarados e em campanha. O eurodeputado sublinha mesmo que Paulo portas "nunca adiou nenhum congresso havendo candidatos".
"Enquanto Paulo Portas teve coragem de enfrentar o outro candidato, Francisco Rodrigues dos Santos foge dos votos, porque percebeu que perderia", apontou, dando o exemplo de quando Portas antecipou um congresso de março para janeiro, após a queda do Governo de António Guterres.
Ora, segundo o candidato à liderança do partido, Francisco Rodrigues dos Santos não teve essa coragem e "mudou as regras do jogo a meio do campeonato".
No passado só se encontra o oposto daquilo que Francisco Rodrigues dos Santos fez.Leia Também: CDS? "Era bom que o Francisco e o Nuno se sentassem"