À entrada do Conselho Nacional do PSD, que se reúne, este sábado, em Aveiro, Paulo Rangel, um dos candidatos à liderança do partido, falou aos jornalistas, referindo ter dúvidas sobre a data de 20 de novembro, proposta por Rui Rio, para as eleições diretas onde se irão defrontar.
"A de 20 de novembro não chega, mas a de 27 de novembro é razoável", atirou, dizendo querer garantir que os direitos dos militantes e as regras internas do partido sejam respeitados.
Rangel diz estar disponível "com grande serenidade" para que sejam feitas as "antecipações que sejam possíveis de fazer do ponto de vista jurídico". "Precisamos é de escolher uma data - e há várias - em que os direitos dos militantes sejam integralmente cumpridos", acrescentou.
"Acho que há espaço para antecipações", reforçou.
O candidato à liderança do PSD recordou que independentemente da data "os dois lados terão campanha para fazer" e que "a questão não é essa". "Houve quem quisesse adiar isto para lá de 30 de janeiro e agora quer para dia 20 de novembro, há aqui uma diferença abissal. Não podemos andar todos os dias a mudar de disposição quanto a isto", referiu em aludindo às propostas que Rui Rio tem vindo a fazer.
Recorde-se que Rio, além de defender que as eleições internas devem ser antecipadas para dia 20 de novembro, avançou com as datas para o Congresso do PSD para 11 e 12 de dezembro.
Na última reunião do órgão máximo do partido entre Congressos, há cerca de três semanas, as eleições diretas foram marcadas para 04 de dezembro e o Congresso para 14, 15 e 16 de janeiro, tendo-se apresentado como candidatos à liderança do PSD desde essa data o eurodeputado Paulo Rangel e o atual presidente, Rui Rio.
O Conselho Nacional do PSD reúne-se hoje para fazer a análise da situação política, quando já estão marcadas legislativas para 30 de janeiro, e poderá alterar todo ou parte do seu calendário eleitoral interno.
[Notícia atualizada às 15h54]
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