A informação foi avançada por fonte oficial do PSD.
Rui Rio propôs hoje um calendário de diretas em 20 de novembro e Congresso entre 10 e 12 de dezembro, enquanto Paulo Rangel disse hoje apoiar uma nova proposta do eurodeputado José Manuel Fernandes para diretas em 27 de novembro, eventual segunda volta no dia 01 de dezembro, e congresso entre 03 e 05 de dezembro.
Na sua intervenção, Rangel fez um apelo precisamente para uma negociação entre as duas candidaturas para se "sentarem e conversarem" para tentar um acordo sobre o calendário eleitoral interno.
No entanto, os dois candidatos anunciados à liderança do PSD discordam noutro ponto: Rio defendeu hoje que, para não diminuir a participação eleitoral apesar da compressão de calendários, devem votar todos os militantes ativos, ou seja, que tenham uma quota paga nos últimos dois anos (cerca de 83 mil) e não apenas os 27.000 que já regularizaram a quota de dezembro.
Já Paulo Rangel defendeu que "não se podem mudar as regras a meio" de um processo eleitoral já aberto, considerando que diretas em 27 de dezembro permitiriam garantir "todos os direitos dos militantes".
Na última reunião do Conselho Nacional, há cerca de três semanas, as eleições diretas no PSD foram marcadas para 04 de dezembro e o Congresso para 14, 15 e 16 de janeiro, tendo-se apresentado como candidatos à liderança do desde essa data o eurodeputado Paulo Rangel e o atual presidente, Rui Rio.
O calendário aprovado tinha sido inicialmente proposto pela direção, mas, na véspera do Conselho Nacional de 14 de outubro e após alertas do Presidente da República de que poderia haver uma crise política, Rio apelou à suspensão da disputa interna até se esclarecer se o Orçamento do Estado era ou não aprovado. A proposta acabaria rejeitada com 71 votos contra, 40 a favor e 4 abstenções.
Hoje, além das duas propostas de calendários, deu ainda entrada na mesa do Conselho Nacional uma proposta do histórico militante do PSD Alberto João Jardim, que propõe que "as eleições internas no Partido Social Democrata, bem como o correspondente Congresso Nacional, ocorram apenas depois da data das eleições legislativas nacionais".
[Notícia atualizada às 19h23]
Leia Também: Rangel rejeita proposta sobre quotas para "não mudar regras a meio"