Rio e Rangel acordaram em data de Congresso. Para diretas, venceu Rangel

Partido estará concentrado no final deste mês em decidir a sua liderança, situação que para Rui Rio poderá afetar negativamente os resultados do PSD nas próximas legislativas.

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Andrea Pinto
07/11/2021 09:25 ‧ 07/11/2021 por Andrea Pinto

Política

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Rui Rio e Paulo Rangel chegaram, na noite deste sábado, a acordo sobre a realização do Congresso do PSD. Já no que diz respeito a data das Diretas, Paulo Rangel acabou por levar a melhor.

O Conselho Nacional do partido 'laranja' reuniu-se este sábado, em Aveiro, para estabelecer o seu calendário interno, tendo em conta que as legislativas foram marcadas para 30 de janeiro.

Rui Rio defendeu, até ao fim, que fazer eleições internas neste momento seria "um disparate". Mas assumiu que o partido poderia ser prejudicado por esta situação. "Temos um Partido socialista a fazer livremente campanha desde outubro. Nós já perdemos outubro, já perdemos novembro e, portanto, esta é a minha posição", salientou. À entrada para o Conselho Nacional defendeu que a acontecer, essas eleições deveriam ser a 20 de novembro.

Já Paulo Rangel considerou que esta data "não chega" para fazer cumprir os direitos dos militantes, e defendeu que "27 de novembro é razoável", mostrando-se disponível para antecipar a data inicialmente proposta, que seria a 3 de dezembro.

Se em relação à data da realização do Congresso, ambos chegaram a acordo, tendo ficado decretado que este terá lugar entre 17 e 19 de dezembro. O mesmo não aconteceu com a data das eleições diretas. 

Os dois candidatos a líder do partido, ter-se-ão reunido a sós para tentar chegar a um consenso, que acabou por não acontecer

Paulo Rangel acabou por levar a melhor naquilo que considerou ter-se tratado de "um exercício de democracia verdadeiramente vivo e interessante, um Conselho Nacional à moda antiga, com tudo o que isso tem de bom". A data por si proposta, 27 de novembro, foi a que acabou por gerar mais consenso entre os militantes do partido.

Entretanto, este não era o único ponto que dividia os dois sociais democratas. Rio pretendia que pudessem votar todos os militantes ativos, ou seja, que tenham uma quota paga nos últimos dois anos (cerca de 83 mil) e não apenas os 27 mil que já regularizaram a quota de dezembro. Já Rangel considerava que só deveriam votar os militantes com quotas pagas. A sua proposta foi aprovada com 76 votos a favor, 28 contra e 18 abstenções.

O partido estará agora concentrado nas suas eleições internas até dezembro, situação que para Rui Rio poderá reduzir o tempo do partido para conseguir fazer frente ao Partido Socialista.

Leia Também: PSD. Rangel contra coligações com CDS, Rio sem resposta

 

 

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