Albuquerque diz que "não vale a pena" entrar em pânico com nova variante
O presidente do Governo da Madeira defendeu hoje que "não vale a pena" entrar em pânico com a nova variante do coronavírus, a Ómicron, reafirmando que as medidas de controlo da pandemia no aeroporto em vigor vão manter-se.
© Lusa
País Covid-19
"Não vamos alterar as regras. Nós já temos estas regras há meses e meses. Sempre correu bem, sempre conseguimos controlar a situação, portanto nós não vamos alterar regras nenhumas", salientou Miguel Albuquerque, em declarações aos jornalistas à margem de uma visita a um conjunto de empresas tecnológicas, no Funchal.
Os passageiros que cheguem à região com certificado de vacinação não precisam de apresentar teste à covid-19, apesar de o poderem fazer caso queiram.
Em território continental, o Governo decretou a obrigatoriedade de apresentar um teste negativo, mesmo para os vacinados, mas os passageiros provenientes das regiões autónomas estão excluídos da medida.
Sobre a Ómicron, recentemente detetada na África do Sul, Albuquerque sublinhou que "ninguém sabe muito bem [sobre] essa variante quais as consequências", acrescentando que a Madeira tem enviado um conjunto de análises para o Instituto Dr. Ricardo Jorge, como habitualmente.
"Acho que não vale a pena entrarmos em pânico sobre esta questão. É uma variante da covid, já houve diversas variantes da covid. Vamos aguardar com serenidade e continuar os nossos procedimentos preventivos e profiláticos no sentido de garantir que ficamos em segurança", considerou.
O presidente do Governo Regional da Madeira, de coligação PSD/CDS-PP, destacou igualmente que as pessoas têm cumprido as medidas de apresentação de testes e certificados de vacinação para entrar em locais públicos e privados, referindo que estas normas levaram "a que mais de 4.500 pessoas em muito poucos dias fossem levar a vacina pela primeira vez".
Além disso, foram realizados 120.000 testes desde 19 de novembro, um dia depois de anunciadas as novas regras.
"E esperamos, se tudo continuar com esta capacidade de testagem massiva, mais a vacina, ter a situação controlada durante o período de Natal para todos podermos participar nas nossas festas do Natal e do fim do ano sem nenhum constrangimento", afirmou.
Questionado sobre se houve um reforço de fiscalização por parte da Autoridade Regional das Atividades Económicas (ARAE), Albuquerque respondeu: "O reforço tem havido, mas nós não conseguimos controlar milhares e milhares de pessoas".
"Eu acho que não é preciso obrigar ninguém. Acho que as pessoas já perceberam o que é que é preciso fazer, por isso é que já tivemos 120.000 testes. E os próprios empresários também percebem. A pior coisa que pode acontecer ao dono de um ginásio ou de um restaurante ou de um estabelecimento é ter um surto e ter um fulcro de contaminação nos seus estabelecimentos", vincou.
A Madeira registou na segunda-feira mais duas mortes por covid-19, reportando 93 novos casos e 735 situações ativas, segundo o boletim epidemiológico diário. Nesse dia, estavam internadas 50 pessoas, três das quais nos cuidados intensivos.
A covid-19 provocou pelo menos 5.197.718 mortos mortes em todo o mundo, entre mais de 260,81 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.430 pessoas e foram contabilizados 1.144.342 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a Organização Mundial da Saúde, o "elevado número de mutações" pode implicar uma maior infecciosidade.
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