"Todo este processo foi feito com base numa auscultação de militantes, com a definição de um perfil de pessoas que deveriam integrar esta lista e com a definição dos objetivos que se pretende com a candidatura do Partido Socialista", disse Paulo Cafôfo, após a reunião da comissão política, no Funchal.
A lista do PS/Madeira é encabeçada por Carlos Pereira, atual deputado na Assembleia da República, seguido por Miguel Iglésias, ex-líder do grupo parlamentar socialista na Assembleia Legislativa da região, Marta Freitas, também deputada no parlamento nacional, Mara Franco, Luís Chá-Chá e Ana Sofia Dias.
"Uma lista onde se mistura experiência política, com uma média de idades de 38 anos, pessoas com intervenção política, competência técnica e capacidade para defender melhor a região", disse Paulo Cafôfo, realçando também que a lista socialista é "melhor" do que a do PSD/CDS-PP, partidos que governam a região autónoma em coligação.
O círculo eleitoral da Madeira elege seis deputados à Assembleia da República, onde atualmente estão representados três elementos do PS e três do PSD.
"Vamos lutar para manter os três deputados que temos na Assembleia da República. Esse é o nosso desejo. Esse é o nosso desafio", afirmou Paulo Cafôfo, indicando que a lista foi aprovada na comissão política por maioria, com cinco votos em branco.
O PS/Madeira pretende reforçar a influência no parlamento nacional, melhorar a relação entre os deputados e a direção regional do partido e aprofundar as questões da autonomia.
"É essencial que, nesta legislatura que irá iniciar-se em 2022, os assuntos da Madeira possam ser melhor defendidos, com conhecimento de causa, particularmente as questões ligadas à reforma do sistema político, à Lei das Finanças Regionais, mas também questões como a continuidade territorial", disse Paulo Cafôfo.
O líder socialista, que apresentou a demissão após as eleições autárquicas de 26 de setembro, quando a coligação Confiança, liderada pelo PS, perdeu a Câmara Municipal do Funchal para o PSD/CDS-PP, sublinhou que o partido não pretende criar contenciosos com a República para tirar dividendos partidários.
"Queremos é resolver os problemas dos madeirenses e o Partido Socialista está em melhores condições de o fazer", declarou.
Na sequência da demissão de Paulo Cafôfo, o PS/Madeira marcou as eleições diretas para 19 de fevereiro de 2022 e agendou o congresso para os dias 12 e 13 de março, mas ainda não foi formalizada qualquer candidatura à presidência da estrutura regional.
Paulo Cafôfo anunciou a demissão na noite das eleições autárquicas e manifestou a sua indisponibilidade para se recandidatar ao cargo que ocupa desde julho de 2020, depois de ter encabeçado a lista do partido nas eleições regionais de 2019, quando os socialistas obtiveram o melhor resultado de sempre, elegendo 19 deputados no total de 47 que compõem o parlamento madeirense.
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