Esta informação foi transmitida à Lusa por fonte oficial do partido, que explicou a mudança com o facto de António Loureiro não querer suspender o mandato autárquico.
António Loureiro é presidente da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, distrito de Aveiro, e foi apresentado pelo líder do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, como cabeça de lista por aquele círculo.
A lei eleitoral para a Assembleia da República estabelece que os presidentes de câmara têm de suspender o mandato "desde a data da apresentação de candidaturas e até ao dia das eleições".
A Lusa tentou contactar o autarca centrista, mas até agora não foi possível.
Além de António Loureiro, a lista era composta também pelo presidente da Câmara de Vale de Cambra, José Pinheiro, como "número dois", em terceiro lugar a vereadora do CDS-PP no município de Vagos, Maria do Céu Marques, e em quarto o presidente da Câmara de Oliveira do Bairro, Duarte Novo.
Hoje é o último dia que os partidos têm para entregar as listas de candidatos a deputados nas eleições legislativas de 30 de janeiro e a lista de Aveiro, círculo onde o CDS-PP elegeu um deputados nas legislativas de 2019, ainda está a ser fechada, segundo disseram à Lusa fontes centristas.
Entretanto, no sábado, o presidente da distrital de Aveiro, Ricardo Silva, apresentou a demissão.
Em declarações à Lusa, o centrista justificou que saiu em "divergência com algumas decisões tomadas" mas recusou concretizar.
De acordo com o líder distrital demissionário, a "lista agora é totalmente da autoria da direção do partido e da nova distrital".
"Eu fiquei sem qualquer mão nesse processo", acrescentou.
O Conselho Nacional do CDS-PP aprovou na semana passada as listas de candidatos a deputados nas eleições legislativas de 30 de janeiro com 84% de votos a favor.
De acordo com a mesma fonte, de um total de 127 conselheiros, 107 votaram a favor (84%), 16 votaram contra (13%) e quatro abstiveram-se (3%).
No entanto, segundo explicou à Lusa fonte oficial dos centristas, nos casos das listas de Lisboa, Aveiro e Viseu foram aprovados apenas os nomes indicados pela direção, a quota nacional, uma vez que as respetivas distritais não tinham enviado todos os nomes que compõem essas listas.
Por isso, na sexta-feira houve nova reunião, tendo ficado aprovadas as listas de Lisboa e Viseu e o Conselho Nacional mandatou a Comissão Executiva do partido para concluir o processo.
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