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IL diz que "é de facto hora de virar a página"

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) defendeu hoje que "é de facto hora de virar a página" na gestão da pandemia e no modelo de desenvolvimento de Portugal e considerou que as eleições legislativas constituem essa oportunidade.

IL diz que "é de facto hora de virar a página"
Notícias ao Minuto

22:24 - 01/01/22 por Lusa

Política Cotrim Figueiredo

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) defendeu hoje que "é de facto hora de virar a página" na gestão da pandemia e no modelo de desenvolvimento de Portugal e considerou que as eleições legislativas constituem essa oportunidade.

Numa reação à mensagem de Ano Novo do Presidente da República, através de um vídeo enviado às redações, João Cotrim Figueiredo saudou o mote escolhido por Marcelo Rebelo de Sousa.

"É de facto hora de virar a página. Virar a página na gestão da pandemia, e atenção já para o dia 30 de janeiro em que temos oportunidade de mudar as coisas, que essa oportunidade não seja perdida para muitos daqueles que vão estar em confinamento ou isolamento -- é preciso tratar dessa questão --, mas também virar a página no modelo de desenvolvimento de Portugal, nas políticas que são aplicadas em Portugal e que não podem continuar a produzir mau emprego, poucas oportunidades, salários baixos", defendeu.

O líder da IL apontou que "essa oportunidade de virar a página virá já no dia 30 de janeiro, podendo votar em opções verdadeiramente liberais".

João Cotrim Figueiredo considerou que a mensagem deste ano "não se tratou do melhor discurso, da intervenção mais empolgante do senhor Presidente, mas teve pelo menos duas virtudes".

"A primeira foi tornar claro aquilo que nos últimos dias já era evidente para todos, que o senhor Presidente tem divergências com o Governo relativamente à abordagem da pandemia e esta excessiva dramatização que o Governo do PS parece querer imprimir a esta questão, quem sabe se por interesses eleitorais, mas certamente com prejuízo da vida social e económica de todos nós", afirmou.

O presidente e deputado único da IL assinalou igualmente que "não parece haver alinhamento entre o senhor Presidente da República e aquela que tem sido a abordagem do Governo do PS nestes últimos seis anos, certamente, relativamente ao modelo de desenvolvimento do país".

O Presidente da República apelou hoje a que a próxima Assembleia da República "dê voz ao pluralismo de opiniões e de soluções" e que o Governo garanta "previsibilidade para as pessoas e para os seus projetos de vida".

Na mensagem tradicional de Ano Novo, proferida no Palácio de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa abordou as eleições legislativas de 30 de janeiro para defender que os portugueses terão de "decidir a Assembleia da República e o Governo para os próximos quatro anos, uma Assembleia da República e um Governo com legitimidade renovada".

No seu quinto discurso de Ano Novo desde que tomou posse como Presidente da República, em 2016, Marcelo Rebelo de Sousa falou sobretudo da atual situação pandémica, afirmando que é preciso o país "virar a página".

"O ano que findou prometia ser um fim e um recomeço, mas não foi. Esboçou esse recomeço, tarde e timidamente. O ano que hoje iniciamos tem de virar a página, consolidando, decidindo, reinventando, reaproximando. Retomemos a caminhada juntos", apelou.

O chefe de Estado defendeu também que, em 2022, Portugal deve "consolidar o percurso para a superação da pandemia", considerando que os meses entre janeiro e março serão o "tempo crucial" para fechar "um capítulo da história".

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, este tem de ser o ano em que o país reinventa "as vidas congeladas, adiadas, trucidadas pela pandemia", designadamente através do uso dos fundos europeus, "que são irrepetíveis", e que devem ser aplicados "com transparência, rigor, competência e eficácia, combatendo as corrupções e os favorecimentos ilícitos".

Leia Também: Para Marcelo, 2022 é o ano de "virar a página"

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