"O problema da educação em Portugal está, por via de decisões política, relativas a confinamentos, horários e férias, a transformar-se numa autêntica tragédia, relativamente à qual, se não tivermos atenção, vamos demorar décadas a recuperar", disse João Cotrim de Figueiredo, em Lisboa.
O líder da IL, que acusou o governo de "parecer ter mais interesse em satisfazer os sindicatos dos professores do que os alunos", defendeu que as escolas já deveriam "estar a funcionar esta semana, embora em moldes não presenciais para respeitar a contenção que vigora no país".
Cotrim de Figueiredo falou sobre o assunto à porta da escola dos Salesianos, pouco depois de ter passado pela Escola Josefa de Óbidos, ambas em Lisboa, considerando-as um bom e um mau exemplo, respetivamente
"Estivemos na Escola Josefa de Óbidos e estamos agora numa particular [Salesianos]. Ambas têm as mesmas condições, ambas não estão impedidas de ter ensino remoto, no entanto, a pública está encerrada a cadeado, e esta iniciou o período de inverno com aulas remotas", referiu.
Cotrim de Figueiredo afirmou que anúncio feito na segunda-feira pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde sobre o início das aulas em 10 de janeiro "é adequado, mas tardio".
O cabeça de lista da IL por Lisboa às eleições legislativas de 30 de janeiro lembrou que o seu partido apresentou "em fevereiro de 2021 um projeto para preparar a reabertura das escolas (...) que esbarrou nos interesses dos sindicatos dos professores", e acrescentou: "Quem vai pagar isto no futuro são os nossos jovens, a economia e a sociedade como u todo, porque vamos ter gente menos preparada".
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