Estes dados foram adiantados pelo economista e dirigente do PSD Joaquim Miranda Sarmento, que apresentou, à semelhança do que aconteceu em 2019, o Cenário Macroeconómico e Orçamental 2022-2026, baseado no cenário de políticas invariantes do Conselho de Finanças Públicas.
"Nas despesas com pessoal, usámos os valores do Conselho de Finanças Públicas, o que permite uma atualização salarial dos funcionários públicos em linha com a inflação e cerca de 200 a 250 milhões de euros por ano para valorização e promoção de carreiras", adiantou.
Quanto a despesas com prestações sociais, aos números do Conselho de Finanças Públicas, foi adicionada uma "dotação de cerca de 150 milhões de euros por ano" para fazer face a medidas quer de saúde, educação ou natalidade do programa eleitoral.
No que toca à despesa com juros, o PSD considera que "é possível colocar um travão no crescimento da despesa por via de uma melhor gestão e por via do que está no programa (...) que é a reforma das finanças públicas e a reforma da gestão financeira do Estado".
Os sociais-democratas apontam o Estado como "uma máquina que tem uma despesa de 100 mil milhões de euros e é gerida por regras e procedimentos dos finais dos anos 80 e inícios dos anos 90".
"E, portanto, totalmente anacrónicos e ultrapassados e nós podemos fazer aí uma reforma não só muito profunda como fundamental para melhorar a qualidade dos serviços públicos, a qualidade da despesa pública e com isso controlar o crescimento da despesa de funcionamento do Estado, que é exatamente os consumos intermédios e a outra despesa corrente", rematou.
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