O presidente do CDS esteve hoje de manhã e ao início da tarde no distrito de Setúbal, círculo onde é cabeça de lista a porta-voz do CDS-PP, Cecília Anacoreta Correia.
O dia, que segue depois no distrito de Lisboa, arrancou com uma visita a um mercado e continuou com um almoço com algumas dezenas de apoiantes no concelho de Seixal, distrito de Setúbal.
A iniciativa contou com a presença do presidente do Conselho Nacional do CDS-PP e vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, que é marido da cabeça de lista, e também do ex-deputado João Rebelo.
Sobre este dirigente, que "já foi quase tudo" no partido, Francisco Rodrigues dos Santos salientou que "nunca virou as costas ao CDS".
No seu discurso, o presidente do CDS-PP fez referência ao 'slogan' de campanha, "pelas mesmas razões de sempre", e justificou que quer "apelar a todas as gerações do CDS, a todos os simpatizantes e eleitores que ao longo da história sempre acreditaram nos valores da democracia-cristã em Portugal".
"O CDS de hoje é o CDS que se bate pelos mesmos valores desde a sua fundação, que se continua a reconhecer na doutrina social da igreja, um partido de compromisso, de estabilidade e de governo, mas também um partido de quadros, que une gerações", salientou.
E salientou que o CDS "é o partido da direita certa" e que quer ser "a voz" da defesa do distrito de Setúbal na Assembleia da República.
"Que diferença faz o PS em vez de eleger cinco deputados, eleger seis ou eleger sete ou o PSD eleger dois ou três ou quatro?", questionou.
E salientou que "uma voz do CDS no parlamento será sempre uma voz em nome da família, em defesa da vida, em defesa dos empresários, de um choque fiscal, das novas gerações, de um trabalho com dignidade de oportunidades para os mais jovens, em defesa do mundo rural e, sobretudo, um partido de convicções fortes e de valores certos, que fundou o regime político e que não vai em modas nem em discursos fáceis, demagógicos e fanatismos populistas".
"Nem vai noutro género de discursos que hoje concorrem connosco, que se assumem de um espaço político contrário à esquerda mas que em matéria de valores e de agenda fraturante votam ao lado do Bloco de Esquerda e em matéria económica esquecem as pessoas, os mais vulneráveis e nunca têm nem nunca terão esta vocação cristã de preocupação com os mais necessitados da nossa sociedade", defendeu.
No seu discurso, Francisco Rodrigues dos Santos falou também da saúde mental, um "problema severo e gravíssimo em Portugal, que se agravou profundamente em tempo de pandemia".
"Está na hora de pelo menos em campanha eleitoral os partidos discutirem que soluções têm para o problema da saúde mental em Portugal", salientou, defendendo o reforço das "equipas de psicólogos, quer no SNS, quer nas escolas" e ainda uma "linha de assistência psicológica 24 horas gratuita".
Na mesma linha, a cabeça de lista do CDS por Setúbal, Cecília Anacoreta Correia, indicou que o CDS não se confunde "com discursos que se dizem de direita e dividem a sociedade" e que o partido tem "dois grandes inimigos" nestas eleições, o socialismo e o extremismo.
Nas últimas legislativas, em 2019, o CDS teve 2,96% dos votos em Setúbal e perdeu o deputado eleito pelo círculo.
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