O líder do PSD, Rui Rio, afirmou esta quinta-feira que já tem “alguns nomes” pensados para formar Governo, caso vença as eleições legislativas do próximo dia 30. No entanto, não confirmou que atribuirá a pasta da Defesa ao CDS-PP.
Numa visita a Vila Real, no âmbito da campanha eleitoral, o social-democrata voltou a ressalvar que tanto o PSD como o PS têm poucas hipóteses de vencer as eleições com maioria absoluta. “Alguém que teve a governação que teve nos últimos seis anos, ainda achar que o povo está disponível para lhe dar a maioria absoluta é muito arriscado, na minha opinião. Só faltava que isso agora acontecesse. Por outro lado, a probabilidade de ele [António Costa] ter maioria absoluta é igual ao PSD também ter maioria absoluta, que é muito baixinha quer para um lado como para o outro”, frisou.
Questionado sobre ter afirmado, esta manhã, que poderia atribuir a pasta da Defesa ao CDS - num eventual Governo de centro-direita -, Rui Rio desvalorizou as afirmações e sublinhou que ainda não tem o Governo completamente idealizado.
“Perguntaram-me [os jornalistas] se o CDS poderia ter eventualmente uma pasta, neste caso perguntaram-me a Defesa, mas poderiam ter perguntado outra qualquer. Dei a resposta óbvia: havendo uma negociação com o CDS e com a IL, podem integrar Governo ou não”, frisou, acrescentando que tem “algumas coisas na cabeça”, nomeadamente em termos “estruturais e de nomes”.
Sublinhe-se que o presidente do CDS-PP defendeu hoje que o Ministério da Defesa Nacional "ficaria muito bem entregue" ao partido, mas ressalvou que não é um objetivo seu ser ministro porque não quer "o poder pelo poder".
“Acredito que o CDS, sendo um partido histórico da nossa democracia e que já tutelou a pasta da Defesa Nacional, ficaria muito bem entregue ao CDS novamente a liderança desta pasta num futuro governo de Portugal", afirmou Francisco Rodrigues dos Santos aos jornalistas em Leiria, à margem de uma iniciativa de campanha.
Já no final de uma ação de rua em Bragança, Rui Rio foi questionado sobre o desejo do líder do CDS-PP, hoje reafirmado no debate, de que o partido pudesse voltar a ter a pasta da Defesa, Rio não excluiu essa hipótese. "É uma questão de se ver, não seria a primeira vez que o CDS tinha o Ministério da Defesa, como sabemos", afirmou.
Rio reiterou que, vencendo as eleições sem maioria, começaria a negociar primeiro com o CDS, parceiro "tradicional", e depois com a IL, "um partido novo e que pode vir a ter ou não uma representação parlamentar significativa".
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