Rui Rio. PS "na hora da verdade" vota contra medidas para descentralizar
O presidente do PSD acusou hoje o PS de, "na hora da verdade", votar contra medidas para promover a descentralização, como o diploma social-democrata que queria transferir o Tribunal Constitucional de Lisboa para Coimbra.
© Getty Imagens
Política Legislativas
Na sessão de esclarecimento realizada precisamente em Coimbra, dedicada ao Ambiente, Rui Rio aproveitou uma questão sobre o interior para voltar a um tema que marcou a última campanha autárquica.
"O PS faz discursos pela descentralização, mas, quando chega à hora da verdade, faz exatamente o contrário", criticou.
Rui Rio admitiu que, não sendo a transferência do TC para Coimbra que "mudaria o país", seria "um primeiro passo para dar o exemplo".
O presidente do PSD aproveitou para trazer para a campanha um tema ainda ausente: a reforma do sistema político e a proposta de revisão da lei eleitoral da Assembleia da República apresentada pelo partido, que só não foi entregue no parlamento devido à sua dissolução.
"Eu espero - com pouca esperança, dada a fraca colaboração do PS -, mas gostava que as próximas eleições legislativas já fossem feitas noutro quadro, com círculos eleitorais mais pequenos", afirmou.
Rio recordou que o projeto do PSD pretende reconfigurar os círculos eleitorais, que elegeriam entre três e oito deputados (apenas o de Lisboa teria nove), o que permitiria aos eleitores conhecerem os seus eleitos, garantindo que o diploma "mantém a proporcionalidade entre partidos".
"Fazemos uma discriminação positiva dos círculos mais pequenos (...) Isto também deve estar em apreciação no dia 30 de janeiro: há um partido que tem vontade de fazer uma reforma do sistema eleitoral", apelou.
Rio aproveitou uma pergunta da eurodeputada Lídia Pereira sobre energia para voltar a criticar o negócio da venda de barragens pela EDP, considerando "uma vergonha" que a empresa não tenha pagado imposto de selo.
"Não estou a culpar em nada a EDP, a EDP está a fazer o papel que lhe compete, quem eu estou a responsabilizar é o Governo, que deveria obrigar ao cumprimento da lei", ressalvou.
"Como é que um Governo que anda à cata de todos os impostos e mais alguns, é forte com os fracos e fraco com os fortes", criticou.
Para classificar este negócio, Rui Rio trouxe ao discurso o seu gato, de que já colocou várias fotografias no Twitter, e que até já mereceram resposta de outros líderes partidários, que postaram igualmente imagens dos seus animais de estimação com frases bem-humoradas sobre o debate político.
"Faz-me lembrar um gato famoso, que é o meu o Zé Albino, gato escondido com rabo de fora", afirmou.
As habituais "Conversas Centrais", a sessão de esclarecimento com que o PSD termina o seu dia de campanha, encerrou mais cedo, pelas 18:00, já que Rui Rio irá participar hoje no programa humorístico de Ricardo Araújo Pereira, em Lisboa.
"Eu tenho de estar em Lisboa a horas certas, eu não estou aqui a gozar com quem trabalha, tenho mesmo de ir embora", gracejou, parafraseando o nome do programa da SIC.
Leia Também: Rosa Mota entra na campanha contra Rio que se diz alvo constante do PS
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com