CDS-PP quer fim de certificado Covid-19 em restaurantes e IVA a 6%

O CDS-PP defendeu hoje que deve deixar de ser obrigatória a apresentação do certificado de vacinação ou de recuperação da Covid-19 para aceder a restaurantes e quer a descida do IVA da restauração para os 6%.

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Lusa
23/01/2022 19:19 ‧ 23/01/2022 por Lusa

Política

Legislativas

O presidente do partido esteve reunido com a Associação Nacional de Restaurantes (Pro.Var) em Matosinhos, distrito do Porto, numa ação integrada na campanha para as eleições legislativas do próximo domingo.

Em declarações no final, Francisco Rodrigues dos Santos considerou que "já é tempo de deixarem de exigir aos restaurantes o controlo e a fiscalização dos certificados digitais".

"Para mim já tinha acabado o certificado digital", salientou, defendendo que "esta é uma responsabilidade que deve impender sobre as pessoas, que possam aceder livremente a este tipo de estabelecimentos, para que esta prática possa estar mais desregulada no sentido de liberalizar o acesso aos restaurantes".

Questionado sobre o facto de o país estar a registar diariamente novos recordes de casos de Covid-19, o presidente do CDS-PP afirmou que "tem havido um aumento no número de casos, é certo, mas não tem existido um incremento significativo e preocupante ao nível de internamentos e número de mortes".

Na sua opinião, "o que é verdadeiramente importante" é "reforçar a terceira dose da vacinação para todos os portugueses com a mesma responsabilidade e o mesmo compromisso e o mesmo sentido cívico com que aderiram à vacinação anterior".

"O que eu acho fundamental é que o país tem de finalmente olhar em frente, porque é normal que haja um certo recrudescimento de novas variantes, sobretudo nas estações frias", defendeu, salientando que "Portugal tem que dar o passo em frente com a mesma responsabilidade e a mesma liberdade como os portugueses encararam as várias fases da pandemia nos períodos nos períodos anteriores".

Na ocasião, o líder centrista defendeu também a redução do IVA da restauração para 6%, "de modo a que os seus negócios possam crescer e haja acumulação de poupanças para reinvestir na sua atividade".

Esta, explicou Francisco Rodrigues dos Santos, "seria uma proposta definitiva para o setor", porque "até a nível de receita fiscal o país iria crescer, a economia ia estar mais forte, iam criar-se mais postos de trabalho e seria benéfico para a economia no seu todo".

O CDS-PP propõe também que, "durante um período transitório, o aumento dos salários dos trabalhadores não seja acompanhado por um aumento das contribuições em sede de TSU, porque o setor tem sido muito afetado pela escassez de mão de obra e tem que pagar bons salários para ter produtividade".

O centrista disse ainda ser "fundamental criar linhas específicas a fundo perdido, de modo a compensar todas as dívidas que acumularam ao longo de todo este tempo".

Apontando que estes empresários foram "fortemente penalizados" pela pandemia e as medidas decretadas, Francisco Rodrigues dos Santos criticou que foram "o saco de boxe e de pancada" do Governo.

Por isso, o CDS-PP propõe "medidas concretas que visam ajudar esse setor, que foi muito afetado, a recuperar no período pós pandemia".

Portugal regista hoje mais 45.569 casos de Covid-19 e mais 30 mortes pela doença, assim como mais duas centenas de internamentos em enfermaria, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) relativo à evolução da pandemia.

De acordo com os dados oficiais, há hoje mais 192 pessoas internadas em enfermaria, elevando o total para 2.219, e mais seis pessoas internadas em unidades de cuidados intensivos, sendo agora o total de 160.

Leia Também: Catarina Martins apela ao voto no BE dos "esquecidos do PS"

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