Cotrim de Figueiredo diz que dia de reflexão não faz sentido

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) considerou que o dia de reflexão na véspera dos atos eleitorais "não faz sentido", até porque hoje houve pessoas a votar antecipadamente e a campanha para as legislativas continuou a fazer-se normalmente.

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Lusa
23/01/2022 19:32 ‧ 23/01/2022 por Lusa

Política

Legislativas

"Hoje há muita gente a votar e posso estar aqui a falar de política e a fazer campanha eleitoral, portanto, que sentido faz ter um dia de reflexão?", questionou João Cotrim de Figueiredo após um passeio na Costa da Caparica, no distrito de Setúbal.

Os eleitores recenseados no território nacional puderam inscrever-se, entre os dias 16 e 20 de janeiro, para votar hoje antecipadamente em mobilidade, uma semana antes das eleições legislativas de 30 de janeiro.

Recordando que a Iniciativa Liberal propôs há vários meses, na Assembleia da República, acabar com o dia de reflexão, o liberal referiu que os portugueses têm várias formas de tomar conhecimento das propostas, não havendo motivo nenhum para manter aquele dia.

"Há muita gente que já votou e tudo aquilo que eu estou a dizer hoje, se tivesse a dizer no próximo sábado ou domingo, era passível de crítica e até de multa", vincou.

Apesar de dizer que gostaria que o número de inscritos no voto antecipado em mobilidade fosse maior, Cotrim de Figueiredo pediu aos portugueses para que não fiquem em casa em 30 de janeiro porque o seu voto é "muito importante".

Preocupado com os números da abstenção que a cada ato eleitoral bate recordes, Cotrim de Figueiredo reafirmou que estas eleições são "mesmo muito importantes", motivo pelo qual cada português não deve deixar que escolham por si qual o futuro governo.

"Espero que votem Iniciativa Liberal, obviamente, mas se não for votem de acordo com a vossa convicção", apelou.

Além disso, o presidente da IL sublinhou que o voto útil não tem sido "bom conselheiro e não tem produzido bons resultados".

Ainda em matéria de eleições, o liberal chamou a atenção para a constituição dos cadernos eleitorais.

"É evidente que uma população de 10 milhões e 200 mil pessoas não pode ter nove milhões e 300 mil pessoas em idade de votar, portanto, está inflacionado [número de eleitores], há muito tempo que este problema se põe", vincou.

E, acrescentou, "o Ministério da Administração Interna não faz absolutamente nada e, quando questionado sobre o assunto, parece ignorar que há duplicações ou óbitos que não são retirados dos cadernos".

Da Costa da Caparica, Cotrim de Figueiredo seguiu para as docas de Alcântara onde o tema das eleições se manteve, depois de abordar um grupo de cinco pessoas num restaurante e lhes ter perguntado se já sabiam em quem votar.

"Já votei", ouviu o liberal.

Contudo, os restantes não votaram antecipadamente e, perante isso, Cotrim de Figueiredo tentou, numa curta conversa, dar-lhes razões para votar na IL.

"Se estão satisfeitos com o estado do país votem em mais do mesmo, se não estão então têm aqui o partido necessário para pôr Portugal a crescer", disse.

Leia Também: Cotrim Figueiredo pede votos na IL em vez de desejos de sorte em Setúbal

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